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terça-feira, 30 de março de 2010

Área e tecnologia ampliam safra de grãos do MaToPiBa

Lavouras de soja e milho ganham espaço e produtividade ano a ano. Juntos, os quatro estados cultivam 3,5 milhões de hectares e devem colher 9 milhões de toneladas de grãos neste ano
A expansão da soja no Centro-Norte do país redesenha a geografia do agronegócio brasileiro. A região responde por cerca de 10% dos grãos produzidos no país e, ano a ano, se firma como a mais promissora fronteira agrícola nacional. A locomotiva do crescimento é o MaToPiBa, um gigantesco pedaço de Cerrado que engloba as regiões com aptidão para produção de grãos dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.
Em meio à vegetação nativa, lavouras de soja e milho se misturam à paisagem e ganham espaço a cada safra. Há dez anos, as duas culturas ocupavam menos de 1 milhão de hectares nesses quatro estados, conforme as estatísticas oficiais. Hoje, soja e milho cobrem 3,5 milhões de hectares, segundo a Expedição Safra RPC.
Nos últimos cinco anos, o plantio de grãos tem crescido cerca de 5% ao ano na região, calcula Max Bomfim, gerente de originação da trading maranhense Ceagro. Projeções da Ceagro e da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) indicam que os quatro estados ainda teriam outros 7,5 milhões disponíveis à agricultura. Se toda essa extensão fosse aberta, a área total de grãos do MaToPiBa ultrapassaria os 10 milhões de hectares.
O ritmo do avanço da nova fronteira, sujeito a variáveis como preço e mercado, ocorre de forma planejada pelos produtores. Um exemplo é Condomínio Boa Esperança, em Baixa Grande do Ribeiro, no Piauí, que no próximo ano pretende somar mais 1 mil hectares aos 6,8 mil hectares de cultivo atuais. O gerente Giordano Rickri conta que o condomínio tem outros 3,2 mil hectares passíveis de produção. “O planejamento é incorporar 1 mil hectares por ano, meta que vai depender do comportamento do mercado.” Em Nova Santa Rosa, distrito do município de Uruçuí, também no Piauí, não é diferente e a abertura de áreas não para. Wilson Marcolin incorporou 160 hectares neste ano e quer abrir mais 120 na próxima temporada, elevando sua área total de cultivo para 950 hectares.

Tecnologia
Além da incorporação de área, a expansão da agricultura no Centro-Norte sustenta-se em ganhos de produtividade. É comum encontrar no MaToPiBa rendimentos que não deixam nada a desejar às lavouras de soja em Toledo (Oeste) ou de milho em Guarapuava (Campos Gerais), lideres em produtividade no Paraná.
Quando o solo não ajuda muito, como na propriedade de João Damasceno de Sá Filho, de Pedro Afonso, no Piauí, entra então a tecnologia. Ele encontrou na agricultura de precisão o caminho para driblar as deficiências naturais do solo. Plantou seus quase 1,2 mil hectares de soja com invstimento de ponta, para colher até 3,6 mil quilos por hectare. Com 50% da area colhida, afirma que vai fechar a safra com média ligeiramente inferior, próxima de 3,5 mil quilos por hectare.
O rendimento foi comprometido pelo ataque de pragas e doenças de final de ciclo. Ainda assim será a sua melhor produtividade desde 1992, quando começou a plantar soja na região. “A minha primeira lavoura de soja rendeu menos de 2,3 mil quilos por hectare. Agora, já faz nove anos que não colho menos que 3 mil quillos”, lembra Sá Filho.
Apesar do reinado absoluto da soja, tem quem invista para obter altas produtividades de milho no na região. Na propriedade de Albino Rossato em Luis Eduardo Magalhães, na Bahia, o cereal que antes era plantado só para rotacionar culturas e fortalecer o solo agora gera renda. As lavouras ocupam quase 20% da área de cultivo e devem render a Rossato quase 11 mil quilos por hectare.
Resultados como os de Sá Filho e Rossato compensam relatos de perdas causadas por veranicos em outras áreas, como pontos isolados do Maranhão e da Bahia, e sustentam a safra cheia prevista para o MaToPiBa na temporada 2009/10. Entre soja e milho, a região deve colher neste ano 9 milhões de toneladas. Há apenas uma década, colhia pouco mais 3 milhões de toneladas de grãos. Fonte(s):
Fonte: Gazeta do Povo

Brasil e China buscam cooperação no setor de energias renováveis

Uma delegação brasileira estará em Pequim (China), até a próxima quarta-feira (31), com o objetivo de identificar temas de interesse para estreitamento de cooperação técnica na área de energias renováveis. Serão trocadas de informações sobre a política energética adotada por ambos os países. Integram a delegação brasileira representantes dos ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Relações Exteriores (MRE), Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Minas e Energia (MME), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e Casa Civil.
“Além da cooperação na área de biocombustíveis e energia eólica, teremos contato com empresas produtoras de placas fotovoltaicas (transformam energia solar em elétrica), mercado que experimenta forte crescimento naquele país”, pontua o assessor do Departamento de Cana-de-Açúcar e Agroenergia do Mapa, José Nilton de Souza Vieira, que integra a delegação.
Como estratégia da missão, Vieira destaca a importância de apresentar o Brasil como fornecedor confiável, inclusive com oportunidades de investimentos para os chineses e da discussão de projetos de cooperação trilateral, que buscam o fomento da produção de biocombustíveis no continente africano.
“O Brasil espera, também, incentivar os chineses para envolvimento mais efetivo no Grupo Técnico de Trabalho da Parceria Global de Bioenergia (GBEP, siga em inglês), fortalecendo, assim, a representação dos países em desenvolvimento e no Fórum Internacional de Biocombustíveis”, concluiu Vieira. (Sophia Gebrim)
Fonte: MAPA

quinta-feira, 25 de março de 2010

Pesquisadores franceses buscam novas parcerias com a Embrapa

A Embrapa Informática Agropecuária (Campinas, SP) recebeu, de 15 a 17 de março, a visita de pesquisadores do L’institut de Recherche en Sciences et Technologies Pour L'environnement, órgão do Centro Francês de Pesquisa Aplicada na Área de Engenharia, Agricultura e Meio Ambiente (Cemagref), localizado em Clermont-Ferrand, na França.
“O objetivo é avançar nos trabalhos e estabelecer novas parcerias em pesquisa e desenvolvimento (P&D) entre o Cemagref e a Embrapa”, conta o pesquisador da unidade Marcos Cezar Visoli. As duas instituições já desenvolvem pesquisas conjuntas em georrastreabilidade, cujo foco é a aplicação de geoinformação, com uso de ferramentas de tecnologia da informação e sensoriamento remoto, para rastreabilidade de cadeias produtivas do agronegócio.
Os cientistas Jean-Pierre Chanet e François Pinet, especializados em redes de sensores e em banco de dados, respectivamente, atuaram no projeto internacional Manejo Operacional e Protótipo de Geodecisão para Rastrear a Produção Agropecuária (Otag). O projeto foi coordenado pela Embrapa Monitoramento por Satélite (Campinas, SP), com a participação da Embrapa Informática Agropecuária e da Embrapa Gado de Corte (Campo Grande, MS).
Em Campinas, os visitantes reuniram-se com as chefias das duas unidades da Embrapa e discutiram uma proposta para a construção de um armazém de dados (data warehouse) agroambiental, integrando redes de sensores e banco de dados. Os pesquisadores franceses estiveram, ainda, no Laboratório de Automação Agrícola da Universidade de São Paulo (USP), onde também articularam a elaboração de projeto em parceria com as três instituições.
De acordo com Chanet, a viagem foi uma importante oportunidade para estabelecer contatos e conhecer novas pesquisas em desenvolvimento no País, especialmente as que necessitam de sistemas de rastreabilidade. Ele acredita que é bastante promissora a colaboração entre os grupos para a construção de um banco de dados para a agricultura que contribua para a sustentabilidade desse segmento na Europa e no Brasil.
Durante a visita, também ocorreu um encontro com o pesquisador da Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos, SP) Manoel Jacinto, especialista em boas práticas agropecuárias. O tema discutido foi a criação de um sistema de rastreabilidade para couro bovino. Novas reuniões estão previstas entre os cientistas franceses e brasileiros para aperfeiçoamento das propostas e a continuidade das parcerias.
Fonte: Embrapa

Universidades lançam variedades produtivas e resistentes de cana

A partir deste ano, o setor sucroalcooleiro pode contar com novas variedades de cana-de-açúcar República do Brasil (RB). As cultivares, que são mais produtivas e resistentes a doenças e pragas, têm material genético testado em diferentes ambientes de produção de regiões canavieiras, explicou o reitor da Universidade Federal Rural de Pernambuco, professor Walmar Correia de Andrade. Além de Pernambuco, as pesquisas que resultaram nas novas variedades foram feitas nas universidades federais de Viçosa (MG), São Carlos (SP), Alagoas e no Paraná. Atualmente, 60% da área plantada com cana no Brasil é cultivada com variedades RB.

Das 13 espécies que foram liberadas hoje, cinco são de propriedade da Universidade Federal de Alagoas - RB931003, RB931011, RB951541, RB98710 e RB99395. As duas primeiras, mais rústicas, são tolerantes a estresses hídricos, e as três últimas são precoces, ricas em açúcar e de elevada produtividade. Além dessas, uma é de propriedade da Universidade Federal de Viçosa, duas da Federal Rural de Pernambuco, duas da Federal de São Carlos, e três da Federal do Paraná.
Para o professor, a expectativa é que o leque de variedades de cana aumente nos próximos anos, na esteira do crescimento do setor sucroalcooleiro. Correia de Andrade explicou que produtores interessados nas variedades liberadas hoje deverão procurar as universidades. "Técnicos visitarão as propriedades para avaliar as condições e indicar as variedades mais indicadas", explicou.
O agrônomo e professor de Fitopatologia do Centro de Ciências Agrárias (Ceca), Marcelo Cruz, lembrou que as variedades desenvolvidas pela Universidade Federal de Alagoas estão sendo testadas na Costa Rica para comprovar ou não a resistência à chamada "ferrugem alaranjada". Ele explicou que a doença foi detectada pela primeira vez no Brasil em dezembro de 2009. O método mais eficaz para controlar a doença é o uso de variedades resistentes, ressaltou o agrônomo. "As cinco variedades estão em teste na Costa Rica e não apresentaram, até o momento, sintomas da doença", disse
Fonte: Estadão

Novas tecnologias de promoção da agroindústria são mostradas em Brasília

O uso de novas tecnologias no desenvolvimento da agroindústria em territórios rurais foi apresentado nesta quinta-feira (25), em Brasília, no 2º Salão Nacional dos Territórios Rurais. As ações são do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac).
O Projeto Sabor Nativo, desenvolvido pela Embrapa, unidade Clima Temperado, foi uma das iniciativas mostradas. O trabalho, voltado para a inovação e cooperação, visa contribuir para o fortalecimento da agroindústria regional, integrando seis empresas gaúchas, cinco de Pelotas e uma de São Lourenço do Sul/RS. O objetivo é cultivar e colocar no mercado, um lote com produtos inéditos, incluindo frutas nativas e da região de clima temperado. Em dezembro de 2009, o primeiro lote começou a ser comercializado. A expectativa é que um novo lote esteja disponível no mercado em abril.
Os produtos destacam-se pelo uso de matérias-primas pouco utilizadas, entre araçá, pitanga, butiá, flor de feijoa e pequenas frutas de clima temperado, como a amora e o mirtilo. “Durante o processo produtivo, são utilizadas técnicas inovadoras que, além de diminuir os riscos e os custos nas empresas, estimulam a produção do pequeno agricultor e a valorizam as frutas nativas”, explica o pesquisador da Embrapa Clima Temperado e coordenador do projeto, Daniel Aquini. Como produto final, são fabricadas balas, doces, sorvetes, bombons, geléias e tortas.
Sergipe - O pesquisador da Embrapa Tabuleiros Costeiros Edmar Siqueira apresentou o projeto Articulação para a geração e transferência de tecnologias, produtos e serviços, de base ecológica, que relata a experiência da empresa nos territórios sergipanos. Foram mostradas as ações e resultados no centro-sul do estado, com a realização de diagnóstico rural participativo, formação de multiplicadores de conhecimento, identificação de eixos de desenvolvimento e criação de redes sociais de aprendizado. “As ações vêm contribuindo para o desenvolvimento agrícola daqueles territórios, com a consolidação de ferramentas eficazes de controle social”, disse o pesquisador.
Promovido pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) em parceria com outros órgãos do governo federal como o Mapa, o 2º Salão Nacional dos Territórios Rurais divulga estudos e programas que contribuem para o desenvolvimento sustentável das propriedades rurais e de agricultura familiar. O evento será encerrado nesta quinta-feira (25).
Fonte: MAPA

quarta-feira, 24 de março de 2010

Conab implementa ferramenta digital para busca de armazéns

A partir de agora, produtores, armazenadores, empresários do agronegócio e pequenos agricultores que precisem consultar o Cadastro Nacional de Unidades Armazenadoras, administrado pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), têm novas opções de busca. A Superintendência de Gestão da Tecnologia da Informação da estatal implementou a ferramenta para consulta pública a partir da base de dados do Sistema de Cadastro Nacional de Unidades Armazenadoras (Sicarm).
A primeira é a consulta por armazéns localizados em diferentes municípios, mas que estão em áreas geográficas com características econômicas e sociais semelhantes, chamadas de mesorregiões. “Até então, a consulta ocorria apenas por estados e municípios”, explica o superintendente da área, Marcelo Lins. A segunda novidade é que os resultados passam a conter mapas dos armazéns, o que facilita a sua localização visual. A consulta pode ser feita pelo site da Conab, em armazéns cadastrados.
Além do público específico, o serviço é aberto a todo cidadão. A nova ferramenta também vai ajudar o trabalho de campo realizado pelos técnicos da Companhia nos armazéns.
Fonte: Agrolink

Nova embalagem de café mantém cor, gosto e aroma inalterados por mais de um ano

A qualidade do café não deixou de ser apenas um diferencial, hoje é uma necessidade. Diversos genótipos, técnicas de manejo e de produção têm sido criadas para melhorar a qualidade do café, mas se a pós-colheita não for tão eficiente quanto a produção, o produtor pode ver todo o seu investimento desperdiçado. Pensando em melhorar cada vez mais a estocagem de café, principalmente os especiais, o professor Flávio Meira Borém, do Departamento de Engenharia da Universidade Federal de Lavras, desenvolveu uma nova embalagem, que mantém inalteradas as características do café por mais de um ano.
— O mundo desenvolvido, Japão, Estados Unidos, Europa, está em busca desta tecnologia porque quando se compra cafés especiais o valor pago é muito grande e há uma necessidade de se preservar este tipo de característica por mais tempo. Existe uma grande demanda para novas tecnologias de armazenamento de cafés especiais. Conseguimos manter a qualidade do café, em condições controladas, durante no mínimo um ano de armazenamento. Estas embalagens podem apresentar ou não o controle de sua atmosfera com a injeção de gases como o dióxido de carbono, o CO2, para manter o sabor e aroma. O interessante é que estas embalagens, inclusive, estão intensificando a cor do café — comemora o professor.
A nova embalagem está em fase final de avaliação, falta apenas o reconhecimento de patente. Empresas privadas já estão sendo incubadas para fabricar o embalagem em escala industrial, de modo que ela já possa chegar no mercado no segundo semestre deste ano. Borém diz a nova embalagem será mais barata do que o uso de vácuo para acondicionamento de café especial e que, evidentemente, ela será mais cara do que o saco de juta, pela tecnologia agregada e por todos os benefícios que ela proporciona.
— O café de qualidade é visto hoje como uma exigência mínima para se alcançar preços diferenciados ou valor agregado. Hoje em dia, a qualidade é uma ferramenta para garantir a viabilidade econômica do negócio café. O produtor não pode deixar que todo o trabalho feito na produção seja perdido ou alterado por causa da armazenagem — alerta Borém.
Fonte: Dia de Campo

Pluviologger: sistema agrometeorológico permite transmissão de dados via celular


A Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) é a responsável por fazer as previsões de tempo e clima dentro do Estado, tanto para o meio rural quanto para a área urbana e desenvolveu uma tecnologia própria para realizar estas medidas: o Pluviologger. O equipamento é uma estação agrometeorológica automática, que monitora os parâmetros climáticos voltados para a agricultura. Ele mede dados de umidade, temperatura, precipitação e orvalho de hora em hora e permite que a transmissão de dados seja feita via celular. O tecnólogo Adriano Régis, um dos responsáveis pelo desenvolvimento do equipamento diz que o maior benefício é a expansão do banco de dados que a Epagri terá disponível.
— O Pluviologger não é vendido ao agricultor, porque o nosso objetivo não é o lucro. O que nos interessa é ter um banco amplo de dados meteorológicos de todo o Estado. O parceiro (que pode ser uma associação de agricultores ou um instituto) fornece o espaço, nós fazemos toda a logística de instalação, recepção de dados e disponibilização na internet — diz Régis.
O equipamento, que está no mercado desde 2005, tem três módulos: exibição, armazenagem de memória e transmissão de dados. O primeiro módulo exibe os dados medidos pelo aparelho de hora em hora, o agricultor pode ir no equipamento e visualizar os dados que a estação está transmitindo nos padrões internacionais. O segundo módulo é a armazenagem dos dados em cartão de memória, o que faz com que os pesquisadores possam coletar os dados a qualquer momento. Segundo Régis, o cartão tem memória suficiente para toda a vida útil do equipamento (pode armazenar mais de 10 anos de dados).
— O terceiro módulo, que é o mais interessante para a sede da Epagri em Florianópolis, é que ela transmite estes dados via celular. Além do agricultor e de pesquisador, em termos de rede, esta estação envia os dados em todos os pontos onde ela está instalada que tenham sinal de celular. A Epagri é o principal consumidor desta informação, e tem a principal rede de pontos de monitoramento no Estado. Pelo motivo de ser o principal consumidor, ela teve a ideia de desenvolver uma solução própria ao invés de adquirir soluções prontas de mercado, pelo alto custo das soluções importadas — explica.
Fonte: Portal Dia de Campo

terça-feira, 23 de março de 2010

Presidente da ABEF defende sistema de integração agroindustrial

 
Graças a ela fortaleceu-se a economia dos municípios e fixou-se a família rural no campo, amenizando o êxodo rural. A defesa do sistema de integração foi feita nesta semana, em Chapecó, pelo presidente da Associação Brasileira de Produtores e Exportadores de Frango (ABEF), o ex-ministro da Agricultura Francisco Sérgio Turra em reunião com prefeitos, empresários e secretários de agricultura, na sede da Associação dos Municípios do Oeste de Santa Catarina (Amosc).
A avicultura é a melhor alternativa econômica para o pequeno produtor rural, constituindo um modelo copiado por outros países. Revelou que muitos países da América Latina e do Oriente Médio procuram frequentemente a ABEF em busca de empresas brasileiras que queiram se instalar no exterior, oferecendo, para isso, uma série de incentivos fiscais e materiais.
Lembrou que 2009 foi um ano difícil para a agricultura e o agronegócio em geral, período no qual produtores e indústrias amargaram prejuízos, depois de um período de crescimento médio anual de 12% na década. Em 2009 houve recuo nos mercados tradicionais e o Brasil cresceu apenas na Ásia e na África. Para 2010, a projeção é de incremento de 5% no volume de produção física de carne de frango e 10% em receitas. O consumo per capita nacional chegará próximo de 40 kg/habitante/ano.
As exportações também devem crescer, com a recuperação dos preços em dólar e ampliação da presença em mercados emergentes, como Nigéria, Indonésia, Malásia e Paquistão. A carne brasileira é exportada para 152 países.
Depois de lembrar que a carne de aves é universalmente aceita em razão de sua alta qualidade e da inexistência de restrições de ordem religiosa, Turra asseverou que o sistema de integração levou bem-estar às famílias rurais e transferiu tecnologia aos criadores. Assegurou que são injustas algumas críticas endereçadas ao sistema de integração, mostrando que a Embrapa realiza pesquisas econômicas sobre custos e resultados que atestam o equilíbrio na relação produtor-indústria
Fonte: Agronegócio

Agricultores de MG vão produzir girassol para biocombustíveis

A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) está ampliando suas ações no Estado para o Projeto de Biocombustíveis da Petrobras. O projeto, executado em 70 municípios do Norte de Minas, parte do Vale do Jequitinhonha e Centro-Oeste, está sendo estendido agora para nove municípios do Sudoeste mineiro. A iniciativa vai beneficiar cerca de 80 agricultores familiares, que produzirão grãos de girassol para abastecer a fábrica de biocombustíveis da estatal federal, em Montes Claros, Norte de Minas. Desde o primeiro contrato firmado em 2007, a Emater-MG mantém parceria com a Petrobras para atender produtores nas atividades de orientações técnicas, cadastramento e distribuição de sementes e sacarias para o acondicionamento da matéria-prima (oleaginosas).
No Sudoeste, as lavouras de girassóis irão ocupar um total de 900 hectares de terra. E o plantio ocorrerá na época da entressafra, que vai de março a julho, segundo o coordenador técnico estadual Waldyr Pascoal Filho, gestor do projeto. “O produtor acabou de colher o milho e agora vai aproveitar a terra ociosa neste período para o plantio de girassol, matéria-prima do biocombustível”, explica o coordenador. De acordo com Pascoal, o clima favorável da região favorece o plantio da oleaginosa na entressafra. Além disso, os produtores locais já têm experiência na produção de girassol para abastecer as indústrias de óleo. “Mas isso não beneficiava diretamente o pequeno produtor, pois as lavouras destinadas a esse fim são de grandes produtores. Agora, com a inclusão do agricultor familiar da região, no projeto da Petrobras, surge uma nova fonte de renda para esse grupo que ficava à margem do mercado”, argumenta.
Ainda segundo o gestor do projeto, estão sendo destinadas oito toneladas de sementes para os produtores cadastrados do Sudoeste. A distribuição já está ocorrendo nos municípios de Cássia, Carmo do Rio Claro, Pains, Passos, Pimenta, Piumhi, São João Batista da Glória, São José da Barra e Bom Jesus da Pinha. Só no município de Pains estão sendo doadas, pela Petrobrás, 1.620 quilos de sementes para os produtores locais. Um dos cadastrados é o agricultor Douglas Ribeiro, que vê no plantio de girassol, não apenas mais uma fonte de renda, mas também uma forma de recuperar os três hectares de terra que dispõe para esta finalidade. “É mais uma oportunidade de aumentar a renda familiar e fazer rotação de cultura no solo, pois o terreno está ficando fraco com o cultivo de sorgo para silagem”, conta.
Em Pains, o também agricultor familiar Altair José de Souza, que reserva uma área total arrendada de 115 hectares para o empreendimento, afirma que o projeto tem tudo para ser um bom negócio. “Tem mais gente interessada em plantar girassol. Após a safra de milho, a terra fica parada. Então plantar girassol para biocombustíveis tem tudo para ser bom”, diz. O agricultor, que trabalha em parceria com o pai e o irmão, e já adiantou o plantio de sementes de girassol em 15 hectares do terreno, só está esperando a assinatura do contrato de venda com a Petrobras para semear nos 100 hectares restantes.
Fonte: Notícias Agrícolas

USP terá estação para pesquisa da cana-de-açúcar em Jaú-SP

O governo de São Paulo anunciou hoje a criação da Estação Experimental de Agroenergia, vinculada à Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo (USP). O centro funcionará em Jaú (SP) e será dedicado à pesquisa da cana-de-açúcar. O anúncio foi feito hoje, em cerimônia no Palácio dos Bandeirantes, na capital paulista, com a presença do governador José Serra (PSDB). "A cana é fundamental para a economia de São Paulo e para o Brasil", afirmou o secretário estadual da Agricultura, João Sampaio. "Vamos pesquisar novas variedades agronômicas, álcool químico e novos modelos de colheita e de produção de energia a partir da cana." A estação terá uma plantação experimental para trabalho de campo dos alunos da Esalq. O terreno de 77 mil metros quadrados, doado pela construtora Camargo Corrêa, abriga um prédio que será reformado para dar lugar às salas de aula. De acordo com Sampaio, o plano é abrigar no espaço cursos de graduação e especialização em bioenergia. "Até o final de 2010, a USP deve instalar lá um novo curso de pós-graduação", afirmou. A instalação da estação, ainda sem data para ser inaugurada, faz parte da Rede de Bioenergia da USP, que pesquisa fontes renováveis de energia, como biomassa e etanol.
Fonte: Agência Estado

segunda-feira, 22 de março de 2010

Cuecas são feitas de fibra de bananeira


Empresa australiana de roupas íntimas cria linha masculina feita com fibras de bananeira.
A Aussiebum afirma se a primeira produtora mundial das cuecas feitas com material retirado da casca da bananeira.
Para garantir o conforto, a peça seria uma mistura de 27% fibra de banana, 64% algodão e 9% lycra.
O tecido ecológico ajudaria a reduzir o consumo de outros materiais usados normalmente na fabricação de cuecas. Ele não requer cuidados diferentes da maioria das roupas íntimas – deve ser lavado em água fria, sem alvejantes, seco à sombra e passado com ferro frio.
Cada peça é vendida por US$26,61 e, apesar da iniciativa ambiental, as cuecas vêm sendo um pouco criticadas, especialmente por sua divulgação – afinal, as fotos da campanha parecem focar pouco na sustentabilidade do produto.
Fonte: Info

Projeto piloto deve avaliar novas alterações no Sisbov

Simplicidade e interação são as diretrizes das mudanças sugeridas para o Sistema de Identificação e Certificação de Bovinos e Bubalinos (Sisbov), da Secretaria de Defesa Agropecuária. Sob consulta pública até janeiro deste ano, a versão deve entrar em vigor no segundo semestre de 2010. A proposta de acesso direto do banco de dados aos produtores, que também assumirão as devidas responsabilidades pelas informações repassadas, é um dos pontos centrais da reorganização do sistema. Diretor de Programas da Área Animal, Marcio Rezende, observa que essa desburocratização do processo é fundamental para o bom funcionamento do programa.
Deste modo, as certificadoras deixariam de ser intermediárias entre os criadores e o sistema. Isso agilizaria o processo, evitaria uma série de complicações e daria aos proprietários maiores condições de manter os dados sempre atualizados — afirma.
Criado em 2001, para atender aos parâmetros de identificação animal e registro de informações de propriedades, preconizados pela União Européia, o então Serviço de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e Bubalinos sofreu alterações elaboradas sob perspectivas muito abrangentes em 2006.
A Instrução Normativa 17/2006 tinha um enfoque bastante voltado para agregação de valor ao produto, uma vez que, na ocasião, o Sisbov se encontrava sob a coordenação da Secretaria de Desenvolvimento Rural e Cooperativismo, que não tem a questão sanitária propriamente como foco. Tivemos alguns problemas com a implementação, que levaram à crise de 2008. Nós não temos vinculação de tempo, o trabalho segue para que o sistema funcione de maneira mais orgânica e harmonizada — menciona ele.
Em visita ao Brasil na primeira quinzena de março de 2010, a Missão do Escritório de Alimentação e Veterinária da União Europeia (FVO) avaliou positivamente o controle nacional de qualidade e procedência da carne in natura para exportação. A equipe também discutiu as novas alterações propostas pelo comitê consultivo (2008), composto por representantes de produtores, governo, exportadores, e frigoríficos. Rezende ressalta, no entanto, que testes em projetos piloto precederão obrigatoriamente quaisquer mudanças práticas no Sisbov.
Fonte: Dia de Campo

Boas práticas agrícolas buscam uso sustentável da água

Racionar o uso da água e tornar sua aplicação mais eficiente nos métodos ou sistemas de irrigação empregados no Brasil são alguns dos objetivos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Neste 22 de março, em que se comemora o Dia Mundial da Água, o Mapa orienta quanto à gestão dos recursos hídricos, em bases sustentáveis, como ferramenta para aumentar a eficiência da irrigação na agricultura.
O Brasil é detentor de, aproximadamente, 12% da disponibilidade hídrica do planeta e a agricultura é uma das atividades econômicas que mais dependem da água e do seu uso racional. “É importante enfatizar o papel da agricultura irrigada na geração de emprego e renda e a contribuição da água nesse processo produtivo”, aponta o chefe da Divisão de Agricultura Irrigada do Mapa, José Silvério.
Com recursos do Programa de Crédito Rural de Incentivo à Irrigação e à Armazenagem (Moderinfra), que chegam a R$ 500 milhões para a safra 2009/2010, além de projetos direcionados ao uso, manejo e conservação de solos, o Mapa vem apoiando iniciativas que buscam o uso mais eficiente da água, por meio de modernas tecnologias, garantindo a máxima produtividade agrícola e a sustentabilidade do sistema do ponto de vista econômico, social e ambiental. “Nesse sentido, o desperdício, os custos elevados e a falta de água exigem o permanente desenvolvimento de pesquisas para determinar os graus de eficiência de cada método utilizado na irrigação, bem como a definição do balanço hídrico com os níveis de necessidade por cultura em cada estágio de seu ciclo evolutivo”, explica o chefe da Divisão de Agricultura Irrigada.
O Dia Mundial da Água, definido pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2003, tem como objetivo promover uma reflexão sobre a importância da água nos contextos social, econômico, ambiental, ecológico e político, visando sua conservação e preservação para atender as necessidades da atual e futura gerações.
Fonte: MAPA

Brasil aposta em biotecnologia para ser mais competitivo em agricultura

Os agricultores brasileiros apostam nos avanços em biotecnologia para serem mais competitivos no mercado internacional e manter o país entre os principais celeiros do mundo.
As experiências com transgênicos no país começaram há dez anos e, em 2003, se comercializou a primeira colheita desse tipo com o aval do Governo. Desde então, os cultivos geneticamente modificados se expandiram a uma velocidade surpreendente.
No ano passado, o Brasil plantou 21,4 milhões de hectares com cultivos geneticamente modificados, o que corresponde a 16% da produção mundial de transgênicos, segundo o Serviço Internacional para a Aquisição de Aplicações Agrobiotecnológicas (ISAAA, na sigla em inglês).
Com isso, o Brasil se tornou o segundo maior país cultivador de transgênicos no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, com 64 milhões de hectares.
Os índices do ISAAA constatam que 71% da soja plantada no Brasil já é transgênica, assim como 31% do milho e 16% do algodão, números que devem crescer nos próximos anos, disseram à Agência Efe especialistas agrícolas participantes de uma feira agrícola na cidade de Não-Me-Toque, no Rio Grande do Sul.
"A tendência é que, em pouco tempo, toda a soja, milho e algodão brasileiros sejam geneticamente modificados. Também optaremos pelo trigo transgênico assim que sua produção for aprovada, a menos que o consumidor final exija o contrário", afirma Gelson Melo de Lima, gerente de produção da cooperativa agropecuária Cotrijal, organizadora da feira.
Segundo os agricultores, a falta de subsídios do Governo para o setor agrícola influiu na rápida adoção dos cultivos geneticamente modificados desde sua aprovação.
"Os Estados Unidos e a Europa têm boa parte da produção subsidiada, o que possibilita preços mais baratos. Aqui não temos isso. Os produtores incorporaram as novas tecnologias de forma acelerada porque viram a oportunidade de reduzir os custos e ganhar mais força no mercado", acrescenta Lima.
Segundo os especialistas, os transgênicos são cada vez mais aceitos no Brasil e há estudos que comprovam a confiabilidade e segurança dos alimentos geneticamente modificados.
O produtor rural Ivo Urbano Richter argumenta que o uso da biotecnologia também ajuda a preservar o meio ambiente porque, ao usar sementes resistentes a larvas e insetos, se reduz a necessidade de recorrer a venenos e outros produtos químicos nas plantações.
"Com isso, se contribui para a recuperação da biodiversidade das zonas rurais e, além disso, economiza-se água e energia", afirma.
Marcelo Gravina, especialista do núcleo de Biologia Molecular Vegetal da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), considera que a biotecnologia também tem vantagens para a saúde.
"O Brasil tem hoje muitos problemas com alimentos contaminados por fungos, que entram quando os insetos atacam as plantações", assinala.
Gravina acrescenta que, "ao cultivar milho que reduz a ameaça dos insetos, também se reduz a contaminação e a probabilidade de doenças em humanos".
Segundo ele, os agricultores europeus são mais reticentes que os americanos e os asiáticos aos cultivos transgênicos porque boa parte de sua produção agrícola está subsidiada pelos Governos e porque eles possuem pouca área disponível para cultivos.
Diferentes especialistas participantes da feira consideraram o Brasil um país de vanguarda, junto aos Estados Unidos, em relação à pesquisa e à aplicação de sistemas biotecnológicos.
"O cultivo de transgênicos cresce em torno de 8% ao ano no mundo e o Brasil é um dos países que tem taxas superiores a essa", ressalta Gravina.
Como parte desses avanços, ele citou o desenvolvimento da semente de soja brasileira geneticamente modificada, cuja produção foi aprovada no ano passado e que no futuro próximo substituirá a usada atualmente, que é comprada a multinacionais americanas.
Fonte: Portal G1

ATENÇÃO: Nova Praga de eucalipto chega à região de Curitiba

O percevejo bronzeado do eucalipto, Thaumastocoris peregrinus (Hemiptera: Thaumastocoridae), vem atraindo a atenção do setor florestal mundial, devido à rapidez com que tem se disseminado e a importância dos danos ocasionados em plantios de eucaliptos, nos diferentes países onde foi introduzido. Trata-se de um inseto sugador de aproximadamente 3mm de comprimento, corpo achatado, cor marrom clara e tipicamente gregário. Altas infestações desse percevejo promovem uma redução na taxa fotossintética, causando desfolha, e em alguns casos podem matar as árvores. Os sintomas associados ao dano são, inicialmente o prateamento das folhas, que, com o tempo evolui para o bronzeamento das folhas, daí o nome popular do inseto (percevejo bronzeado).

Sua presença no Brasil foi detectada em maio de 2008 em São Francisco de Assis, RS, e posteriormente, em junho, em Jaguariúna, SP. Após sua detecção, a área de dispersão tem aumentado progressivamente em todo o País.
A falta informações sobre esse inseto é verificada em todo o mundo. O problema é bastante atual e faz pouco tempo que os estudos iniciaram. Na busca por informações, a Embrapa Florestas esta colaborando para elaboração de um mapa de distribuição dessa praga no Brasil.
Fonte: Embrapa

Agricultura Inteligente

A utilização de tecnologia no campo encontra-se em plena expansão atualmente. A chamada agricultura de precisão ou agricultura inteligente, que utiliza dados meteorológicos para o acompanhamento das fases da cultura e minimização de perdas na produção, tem conquistado cada vez mais produtores em todo o País. Uma vez que dados sobre a temperatura do ar, tempo de molhamento foliar, precipitação e umidade do solo podem de fato ajudar na produção.
Isto, porque, as culturas e plantas em geral, só se desenvolvem bem em condições favoráveis de clima e solo. Podemos assinalar entre as principais variáveis climáticas determinantes para o sucesso do desenvolvimento de uma planta em determinada região: a chuva, a temperatura e a radiação solar. Não menos importantes, há ainda a umidade relativa e o vento, consideradas variáveis secundárias. Porém, tendo as primeiras, a cultura consegue se adaptar e crescer de forma saudável.
Acompanhar tais condições permite que a cultura possa se desenvolver da melhor forma possível, em uma determinada região, o que torna o monitoramento agrícola fundamental na agricultura moderna. Este trabalho nada mais é do que o acompanhamento das condições do tempo durante as várias fases da cultura, com obtenção e anáise de dados precisos, por meio de estações meteorológicas e sensores que captam estas informações.
Com este acompanhamento, o agricultor tem condições de saber a hora certa de irrigar, pulverizar, colher, além de relacionar as fases mais críticas da cultura como o desenvolvimento vegetativo, o florescimento e a maturação da planta. Com dados sobre o número de horas de molhamento foliar, ele poderá ainda ficar atento ao desenvolvimento de doenças. Poderá acompanhar também o risco de geadas na sua propriedade e se precaver contra isso.
Porém, vale lembrar, que é importante que o agricultor esteja bem informado e procure ajuda técnica especializada, para fazer o acompanhamento das condições do tempo de forma adequada. Desta forma irá saber quais valores são benéficos e quais são os que ele deve tomar providências. Com os dados obtidos, o agricultor poderá, por exemplo, utilizar a água para irrigação de uma forma mais racional, fazendo o acompanhamento e o registro com exatidão sobre os gastos de água para irrigação em sua propriedade.
A agricultura de precisão utiliza diversos recursos: de estações meteorológicas a sensores inteligentes para o monitoramento do microclima agrícola. Entre eles, os de temperatura, umidade do ar, tempo de molhamento foliar e precipitação, presentes em equipamentos específicos para o campo. Nesta linha, a Ag Solve possui dois equipamentos que fazem este trabalho de forma instantânea e automática: o Weather Tracker e o TDR-300. Juntos, eles fornecem informações referentes ao potencial de crescimento das culturas (graus dia), condições limites de crescimento (temperaturas basais e máximas), tempos de molhamento foliar, monitoramento do comportamento de insetos e organismos danosos para a agricultura - como pulgões, ácaros, fungos e bactérias -, tudo por meio da avaliação das condições meteorológicas. Além disso, auxiliam no controle da irrigação, utilizando de forma racional a água.
Por: Mário Banderali - Eng. Agrônomo - AG Solve no Dia de Campo

Secador solar de grãos faz a secagem de até 5 mil sacas por vez

O secador solar de grãos é uma tecnologia desenvolvida pela USP que traz inúmeros benefícios aos produtores de grãos. A máquina, que não agride o meio ambiente, pode fazer a secagem de até cinco mil sacas de cereais de uma só vez. A tecnologia atende a todos os tipos de grão e até sementes como o azevém, de difícil secagem. Como o grão seco fica armazenado na propriedade, o produtor pode cortar vários custos de transporte e de serviços. Não é preciso pagar frete ou local de estocagem. Além disso, como é o próprio agricultor que cuida da estocagem, a qualidade do grão se mantém alta, porque não corre o risco de ser misturado.
— A máquina é composta por um coletor solar, onde armazenamos o calor da radiação solar. Este ar aquecido é sugado por um exaustor, que vai fazer passar este ar aquecido entre os grãos que estão na câmara de secagem. Basicamente, o secador solar só tem benefícios. Os que chamam mais atenção são os econômicos. O milho, por exemplo, é vendido aqui no Rio Grande do Sul por R$ 14,50 a saca. Os produtores que estão vendendo grãos secados pelo sistema solar estão ganhando entre R$ 19 e R$ 21 por saca, o que significa um ganho médio de R$ 5 por saca — diz o extensionista Justino Alberti, da Emater Rio Grande do Sul.
Ele explica que inicialmente a tecnologia foi desenvolvida para os pequenos produtores, mas hoje em dia pode ser usado por qualquer agricultor que cultive qualquer tipo de grão em todas as regiões do país.
— O baixo custo de secagem que nós conseguimos é um gasto em média de 15 centavos por saca para fazer a secagem do seu cereal, isto não é nem 10% do custo do frete que ele teria que gastar da propriedade até uma armazenadora somente para levar o grão. Outro benefício é a questão ambiental. A tecnologia utiliza a radiação solar, não tem poluição, não mexe com massa, fogo, nem nenhum maquinário mais complexo.
Fonte: Dia de Campo

sábado, 20 de março de 2010

TIMAC Agro Brasil lança fertilizante nitrogenado granulado

Chega ao mercado mais uma inovação do Grupo Roullier, eNergiS, o mais novo conceito em fertilizante nitrogenado do Brasil.

Trata-se de uma gama de fertilizantes nitrogenados granulados desenvolvidos a partir de duas patentes internacionais. Os produtos desta linha contém o Complexo TOTAL N aliado a nutrientes essenciais para as culturas (N, S, Ca e Mg) e apresentam resultados reconhecidos.
O Complexo TOTAL N atua na redução das perdas de N na forma de amônia (NH3) por tempo prolongado e melhora o desempenho agronômico e produtivo das culturas com segurança.
Sobre o Produto:
Gama de fertilizantes granulados fornecedores de nitrogênio (amídico e amoniacal), Ca, S e Mg associados ao Complexo TOTAL N.

Cultura(s): todos os tipos de culturas
Apresentação: Embalagens de 50 kg ou em big bags de 600 e 900 kg. Os big bags possuem um liner interno que protegem o produto da umidade e ajudam a manter a qualidade ideal do adubo.
Fonte: Timacagro

Agricultores usam avião para provocar chuvas no Maranhão

Pilotos bombardeiam nuvens com gotas de água e provocam chuvas.
Já os pequenos produtores tentam proteger a plantação com palha.

Mais de um milhão de pessoas convivem com a falta d'água no semiárido maranhense, mas a chuva que sempre começa a cair em dezembro, desta vez, não chegou com força.
"Fevereiro, março e abril são os três meses que mais chove. Mas este ano não. A gente está plantando e está morrendo", diz a agricultora Raimunda da Silva.
Os pequenos agricultores estão desanimados. Tentam proteger a plantação com palha, mas o sol é muito forte.
No Nordeste do estado, os produtores de soja já calculam as perdas. "No ano passado, nós perdemos soja pela grande quantidade de água. Neste ano, pelo fator inverso, estamos perdendo 30% também", diz o produtor de soja Renato Fogolari.
As lagoas dos lençóis maranhenses - um dos pontos turísticos mais famosos - também secaram.
Deveria estar chovendo bastante desde dezembro no Maranhão, mas choveu muito pouco desde o início do ano. Apesar das dificuldades, os agricultores não desistem.
Já que a chuva não vem naturalmente, eles estão investindo em tecnologia pra fazer chover e não perder toda lavoura. Para isso, usam um avião.
A aeronave leva 300 litros de água, sem nenhuma adição de produtos químicos.
No alto, os pilotos caçam as nuvens pequenas ainda em formação. Eles bombardeiam as nuvens com gotas de água e provocam a chuva. Os fazendeiros orientam o trabalho por rádio.
Só falta descobrir a solução de outro problema: “em um dos parceiros do grupo não choveu nestes dias e a tentativa é de fazer chover exatamente na área dele. As nuvens não são orientadas por GPS”, diz o fazendeiro Vilson Ambrozi.
Fonte: Portal G1

sexta-feira, 19 de março de 2010

Nova Série Massey Ferguson MF 7000 Dyna-6 aprovada na Expodireto Cotrijal

A nova Série 7000 Dyna-6 é a grande atração da Massey Ferguson na Expodireto Cotrijal 2010. O produtor rural Roque Broch que o diga. Ele veio de Alto Alegre (RS) com a família especialmente para ver os tratores, considerados os mais modernos do Brasil, e saiu da feira com pedido protocolado do modelo MF 7350 Dyna-6, com 150 cv.
A opção pela nova Série é clara: “Porque tem mais tecnologia”, diz seu Roque. “Hoje, com a agricultura de precisão, cada vez mais a gente tem que investir em tecnologia. Acredito que isso faz a diferença na lavoura”. A nova máquina chega para aumentar a produtividade na propriedade, onde cultiva soja, milho e trigo. “Mais produtividade, com mais rapidez no plantio. Sem falar no conforto, com cabine com ar condicionado”, diz orgulhoso da escolha.
Cliente da concessionária Augustin há mais de 20 anos, seu Roque aproveitou ainda as boas condições do PSI (Programa de Sustentação do Investimento). Prorrogado até junho de 2010, o plano dá a oportunidade de financiar máquinas de maior porte, como tratores de alta potência e colheitadeiras, com juros reduzidos de 4,5% ano, entre outras vantagens.
Fonte: Massey Ferguson

Brasil e África estreitam cooperação técnica para desenvolver cultura de algodão


Representantes de quatro países africanos - Benin, Burkina Faso, Chade, e Mali estiveram na quinta-feira (18) na Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, com o objetivo de discutir ações de cooperação técnica voltadas ao desenvolvimento da cotonicultura na África.
Esses países compõem o “Cotton 4”, um programa que vem sendo conduzido em parceria entre a ABC – Agência Brasileira de Cooperação do Ministério das Relações Exteriores e a Embrapa desde 2007, com o objetivo de incrementar a produção de algodão naquele continente.
Segundo o conselheiro da ABC, Olinto Vieira, que também participou da visita, o algodão é um produto agrícola de extrema importância para cerca de 30 países africanos. Em alguns deles, chega a representar mais de 50% do PIB. Por isso, a ABC e a Embrapa resolveram unir esforços para apoiá-los no desenvolvimento da cotonicultura, com foco em ações de transferência de tecnologias e capacitação.
O primeiro passo já foi dado com a construção da Estação Experimental de Mali que, futuramente, será expandida também para os outros três países. E o segundo está prestes a acontecer com a viagem da pesquisadora da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Gláucia Buso, acompanhada de dois técnicos da Unidade: Zilneide Amaral e Marco Antônio Ferreira, que deve ser realizada ainda no primeiro semestre deste ano.
Segundo o conselheiro, foram investidos até o momento no “Cotton 4” custos da ordem de US$ 5 milhões, “mas se considerarmos o nível de conhecimento e tecnologia dos cientistas envolvidos, os investimentos são bem maiores”, afirma.
Fonte: Embrapa

Plantio de transgênicos cresce 7% em todo o mundo


Liderados pelos norte-americanos, 14 milhões de produtores de todo o mundo plantaram safras geneticamente modificadas no ano passado, elevando o total de transgênicos plantados em 7%, de acordo com relatório de uma entidade divulgado na terça-feira, 23.
Expansões foram notadas na soja, milho e algodão, e o apelo aos produtores aumentou em parte devido aos diferentes tipos de produtos prometendo melhores rendimentos, melhora da tolerância a herbicidas e proteção a insetos, de acordo com o relatório do Serviço Internacional para Aquisição de Aplicações em Agrobiotecnologia (ISAAA).
O presidente do ISAAA, Clive James, disse que o crescimento das safras transgênicas em todo o mundo ocorre em meio aos desafios de alimentar uma população global que cresce rapidamente.
"Quando olhamos para os desafios que temos hoje... estamos falando da necessidade de dobrar a produção de alimentos e de fazer isso de maneira sustentável", disse James.
O grupo, a favor da biotecnologia e que anualmente avalia o uso de safras transgênicas, disse que produtores em 25 países plantaram no ano passado 134 milhões de hectares de safras geneticamente modificadas, contra 125 milhões de hectares em 2008.
O ISAAA afirmou ainda que 13 milhões dos 14 milhões de produtores são pequenos e de poucos recursos de países em desenvolvimento.
Como tem sido o caso ano após ano, os Estados Unidos responderam por 48 por cento da área plantada com safras transgênicas, com 64 milhões de hectares no ano passado.
O Brasil e a Argentina aparecem em seguida, com 21,4 milhões e 21,3 milhões de hectares, respectivamente.
Mas os produtores na Europa, onde a oposição do consumidor permanece alta devido a temores com a saúde e o meio-ambiente, plantaram uma área menhor, disse o ISAAA.
Seis países europeus plantaram 94.750 hectares com safras transgênicas em 2009, contra sete países e 107.719 hectares em 2008, com a Alemanha deixando de plantar.
James disse que isso é um erro. "O dinheiro esperto na Europa sabe que estão no caminho errado", disse ele.
O ISAAA afirmou ainda esperar que o número de produtores que optam pelas safras transgênicas alcançará 20 milhões, em 200 milhões de hectares em 40 países até 2015.
Fonte: Estadão

Petrobras avalia construção de fábrica de fertilizantes em MG

Após reunião com o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, afirmou que a estatal poderá instalar uma fábrica de fertilizantes na cidade mineira de Uberaba.
De acordo com Gabrielli, a proposta para a construção da fábrica será levada para avaliação do Conselho de Administração da estatal, em reunião na sexta-feira pela manhã, em Brasília.
O conselho vai se reunir também para aprovar os resultados da empresa em 2009, que serão divulgados após o fechamento do mercado, na sexta-feira.
"Estamos levando o conjunto de ações de fertilizantes que inclui uma (fábrica) de sulfato de amônia em Sergipe, de ureia em Três Lagoas (MS) e discutiremos a planta de amônia em Uberaba", disse Gabrielli a jornalistas após a reunião com Aécio, da qual participou também presidente da República em exercício, José Alencar.
Segundo Aécio, para viabilizar o projeto, a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) vai construir um gasoduto de 240 quilômetros ligando a cidade paulista de São Carlos até Uberaba, a um custo estimado entre 500 milhões e 550 milhões de reais.
"Se o problema era falta de gás, podemos levar este gás para Uberaba", disse Aécio, que comentou sobre o assunto com a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.
Aécio disse que Dilma participou por telefone da reunião, que ocorreu na sede da Petrobras nesta quinta-feira.
De acordo com Aécio, será formado um grupo de trabalho entre a Cemig e a Petrobras para estudar detalhes do projeto. A previsão é de que em três anos a fábrica de fertilizantes esteja instalada no Estado.
Para Alencar, a importância da instalação da fábrica se deve principalmente ao fato de que estará perto do mercado consumidor.
"Estão ali os maiores produtores de grãos do país... Já falei com (o presidente) Lula, e ele é muito a favor", disse ele.
O governo brasileiro tem o objetivo de tornar o país, uma potência agrícola, autossuficiente em fertilizantes em um prazo de dez anos.
Fonte: Reuters

Fabricantes e importadores terão de comprovar destinação de pneus sem uso

Fabricantes e importadores de pneus terão 30 dias, a partir de 31 de março, para preencher os relatórios que comprovem a destinação de pneus velhos sem uso. Os formulários podem ser acessados no site do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
A instrução normativa que detalha esses relatórios foi publicada na edição de hoje (19) do Diário Oficial da União de hoje (19) para regulamentar os procedimentos previstos na Resolução n° 416 de 2009, que trata da coleta e destinação de pneus inservíveis. Pela lei, para cada pneu novo comercializado, os fabricantes e importadores devem dar uma destinação ambientalmente adequada para um pneu inservível.
A publicação de hoje detalha como serão os cadastros e o tipo de informação a ser prestada pelos fabricantes e importadores ao Ibama. Uma das novidades da Resolução n° 416 foi a implementação de pontos de coleta de pneus usados. Eles podem envolver os pontos de comercialização dos municípios e borracharias, entre outros. Em municípios com mais de 100 mil habitantes deve haver pelo menos um ponto de coleta.
Fonte: Agência Brasil

quinta-feira, 18 de março de 2010

Clientes conhecem novo sistema de duplagem com engate rápido nos modelos da Série 200

A Massey Ferguson apresentou na Expodireto Cotrijal o novo sistema de duplagem com engate rápido do MF 291 e do MF 292 Advanced. A nova funcionalidade chega para facilitar a vida do agricultor que utiliza o mesmo trator na pulverização e no plantio. Com o engate rápido, em menos de 10 minutos, o produtor consegue fazer a adequação do pneu, de acordo com sua utilização.

A demonstração foi feita no pátio da Massey Ferguson na feira. Fácil, rápido e sem perda de tempo. Concessionários e clientes presentes aprovaram a novidade.
Fonte: Massey Ferguson

Produção de biocombustíveis a partir de aguapés é discutida na Embrapa Pantanal

Acontece na quinta-feira(18) e sexta-feira ( 19) , uma reunião interna na Embrapa Pantanal para a discussão de um projeto de pesquisa que avalia a viabilidade da produção de biocombustíveis a partir de aguapés que descem o rio Paraguai.
O projeto se chama “Produção de biocombustíveis a partir de ilhas flutuantes de biomassa em planícies de inundação do Brasil: estudo de caso no Pantanal” e será apresentado nesta quarta-feira à tarde, dia 17, à Prefeitura de Corumbá (MS).
Ele integra instituições como Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), Embrapa Labex EUA, Embrapa Agroenergia, Grupo Combustíveis Alternativos e Laboratório de Engenharia Ecológica, ambos da Unicamp, a empresa Bioware de Campinas (SP) e a Embrapa Pantanal (Corumbá-MS), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
O pesquisador Ivan Bergier, da Embrapa Pantanal, vem monitorando o fluxo dos aguapés, conhecidos como camalotes, pelo rio Paraguai desde janeiro de 2008. Uma câmera de vídeo foi instalada às margens do rio em meados de 2009 para monitorar a passagem das plantas aquáticas, permitindo mensurar a quantidade de biomassa exportada ao longo do tempo e verificar a sazonalidade da exportação. “Com esses dados, vamos definir a estratégia de captura das plantas. Já se sabe que o auge da exportação coincide com o período de cheia que vai de maio a julho”, disse Ivan.
A parceria com a Unicamp vai permitir o desenvolvimento de uma dissertação de mestrado que aborda a questão da sustentabilidade da produção de biocombustível a partir do camalote do Pantanal. “O uso do recurso natural deve dinamizar a economia local, mas sem comprometer a estrutura e o funcionamento do ecossistema”, afirmou o pesquisador.
A dissertação deverá abordar ainda o uso do aguapé no projeto “Sustentabilidade da Suinocultura em São Gabriel do Oeste”, liderado pelo pesquisador Ivan Bergier. “A proposta é utilizar o aguapé como elemento filtrante do biofertilizante líquido produzido pelos biodigestores, de modo a reduzir o potencial de contaminação do solo, água e emissão de gases de efeito estufa”, explica.
A biomassa do aguapé “cultivada” nas lagoas pode ter destinos nobres como a produção de fertilizantes, fibras e bioenergia, incrementando a renda de pequenos e grandes produtores de suínos.
A produção de biocombustível a partir do aguapé nativo do Pantanal ou cultivado em sistemas integrados de produção é interessante do ponto de vista da renovabilidade. Se a biomassa é plantada em solo, como a soja para produzir biodiesel, seria preciso o emprego de insumos não renováveis, como fertilizantes e combustíveis de origem fóssil, o que reduz substancialmente sua sustentabilidade.
No caso do camalote nativo, como a planta é produzida na planície e se desloca naturalmente pelo rio, esses insumos são desnecessários. “No caso da produção de aguapé em lagoas de suinocultura também não haveria necessidade de deslocar áreas de produção de alimentos para produzir biocombustíveis”, explicou.
A Embrapa Pantanal identificou o potencial de produção do biocombustível a partir desta biomassa e buscou parcerias para o início da pesquisa. A Embrapa Agroenergia, em articulação com a Embrapa Labex-EUA, realizará a caracterização da biomassa dos aguapés e do óleo extraído desta matéria-prima.
Também está sendo desenvolvida, sob orientação do pesquisador Ivan, uma dissertação de mestrado em Estudos Fronteiriços (UFMS-CPAN), pela aluna Cristiane Nogueira de Jesus, cujo objetivo é avaliar o papel socioeconômico e cultural que o camalote desempenha na sociedade fronteiriça e com isso subsidiar as bases para o uso sustentável dessa biomassa.
Fonte: Embrapa

Tertúlia é nova cultivar de soja transgênica

A Embrapa Trigo, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, lança uma nova cultivar de soja transgênica na Expodireto Cotrijal 2010, que acontece de 15 a 19 de março, em Não-Me-Toque, RS. A BRS Tertúlia RR foi desenvolvida em parceria com a Fundação Pró-Sementes e com a Embrapa Transferência de Tecnologia, escritório de Negócios de Passo Fundo.
O destaque da BRS Tertúlia RR é a sanidade, apresentando moderada resistência a doenças como nematóide de galhas (M. javanica) e resistência à podridão parda da haste e à podridão radicular de fitóftora. Também apresenta moderada resistência para as manchas foliares.
A ampla adaptação da cultivar torna possível sua indicação para os estados RS, SC, PR e SP. O grupo de maturação é 6.6, com ciclo precoce. A produtividade varia de 4 mil kg no RS a 6 mil kg no PR. A única limitação da BRS Tertúlia RR é que o porte alto da cultivar requer baixa população de plantas nas áreas com altitude superior a 600 metros.
A cultivar de soja BRS Tertúlia RR está exposta no estande da Embrapa, em frente a Casa do MAPA na Expodireto Cotrijal 2010.
Fonte: Embrapa

Europeus questionam uso de biocombustíveis

A exportação de etanol do Brasil à Suécia, país que adotou claramente o uso de etanol em sua política de emissão de gases de efeito estufa, recuou fortemente em 2009 e fez emergir outras discussões que se estendem a todo o bloco europeu. No momento com menor competitividade econômica em relação à gasolina na Europa, os biocombustíveis vêm sendo questionados também em relação à ocupação de terras e, no caso do etanol do Brasil, também no que se refere à ocupação da Amazônia.
As importações do produto brasileiro pela Suécia caíram 55% entre 2008 e 2009. Saíram de 161,2 mil toneladas para 72,2 mil toneladas em volume e de US$ 100 milhões para cerca de US$ 48 milhões em valores. O etanol brasileiro representa 90% do biocombustível usado nos carros suecos. O país tem autorização especial para importar o biocombustível com tarifa menor do que a taxa proibitiva imposta pela União Europeia.
Do lado oficial, a versão é que o preço da gasolina é que está causando a queda na importação. O vice-ministro de Comércio, Gunnar Wieslanders, insiste que boa parte dos suecos toma a decisão de consumo baseada na comparação econômica, e, por isso, neste momento, está recorrendo à gasolina, que está mais competitiva.
O preço do litro desse combustível é de 12,8 coroas (quase US$ 2), enquanto o custo do etanol fica em torno de 10 coroas (menos de US$ 1,5). Ainda assim, a gasolina acaba mais barata hoje porque, para o carro fazer a mesma distância, precisa de mais etanol. O vice-ministro estima que o problema é passageiro. "Na verdade, antes era só uma companhia que importava etanol e agora há outros grupos entrando no jogo".
No entanto, especialistas apontam aumento das resistências em relação ao biocombustível. A professora brasileira Semida Silveira, do Instituto Real de Estocolmo - universidade altamente especializada em tecnologia - observa uma reação negativa crescente em relação ao etanol, vinculada à destruição da Amazônia. "Eles não conhecem bem a geografia do Brasil e acham que o etanol está acabando com a floresta", afirma a professora, especialista em questões climáticas. "Além do etanol, agora é a soja que está sendo contestada".
Peter Roberntz, do WWF, fundo mundial da natureza, admite que a baixa do preço da gasolina de fato afetou o uso de biocombustível, mas concorda que houve uma mudança de visão em relação ao etanol, mesmo o brasileiro, por causa do impacto no uso da terra, entre outros fatores. "Está claro que precisamos de biocombustível, mas não necessariamente de etanol. E o debate vai se aprofundar sobre até que montante podemos consumir, sobre eficiencia de energia, sobre mudança no comportamento do consumidor etc."
As autoridades suecas estimam que o país precisará ampliar o uso de biocombustível em 40% até 2020. A importação do etanol do Brasil foi acompanhada de um acordo, pelo qual as usinas se comprometem com certificação sustentável do produto.
A oposição ao etanol se repete no resto da Europa. A Comissão Europeia, o braço executivo da União Europeia, deve definir o que é considerado "terra degradada" nos critérios de sustentabilidade da produção de etanol. Também precisará ainda definir as regras que provam sustentabilidade.
A briga é enorme. Grupos ambientalistas - ClientEarth, Transport & Environment, European Environmental Bureau, and BirdLife International - abriram processo contra a Comissão Europeia, na Corte Europeia de Justiça, por não ter revelado estudos sobre o impacto de biocombustível no meio-ambiente. Em sua visita ao Brasil a partir do dia 23, o rei da Suécia, Gustaf XVI, deve reiterar a importância da cooperação técnica entre os dois países na área de etanol.
Fonte: Notícias Agrícolas

Mapa investe R$ 52 milhões em medidas fitossanitárias contra pragas

Para garantir o controle de pragas e vegetais no Brasil, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) tem atuado de forma sistemática e, nos últimos três anos, investiu R$ 52 milhões em ações. O trabalho, coordenado por técnicos do Departamento de Sanidade Vegetal da Secretaria de Defesa Agropecuária (DSV/SDA), inclui o desenvolvimento de programas como o de Erradicação da Mosca da Carambola e o de Controle de Moscas das Frutas. Produtos, como mamão, manga, cucurbitáceas (abóbora e melancia) livres dessas pragas podem ser exportados.
A pesquisa científica é fator importante para o controle de pragas. Em 2007, o Mapa agiu para simplificar a importação de material de suporte para esse trabalho. “Os trâmites estabelecidos diminuíram o tempo das análises e da espera de autorização para importação”, explica o diretor do DSV, André Peralta. É recomendada quarentena para cerca de 80% dos produtos analisados e sua liberação só ocorre após exames mais detalhados e comprovada a ausência de pragas. Naquele ano, foram analisados e aprovados 369 processos; em 2008, 360 e, em 2009, 435.
Todo produto vegetal que ingressa no Brasil deve passar por análises de riscos fitossanitários. Essa necessidade levou o Ministério da Agricultura a realizar, entre 2007 e 2009 54 análises de risco de pragas. Além disso, encaminhou 47 relatórios a outros países com informações sobre espécies vegetais para subsidiar a abertura de mercados internacionais para produtos brasileiros (foram 14 em 2007, seis em 2008 e 27 em 2009).
Programas de controle - Ainda nesse período, foram desenvolvidos os programas nacionais de Controle do Bicudo-do-Algodoeiro e da Ferrugem Asiática da Soja, além da contenção da mosca da carambola, no Amapá. A lagarta das maçãs (Cydia pomonella) foi erradicada no município de Bom Jesus e contida em Caxias do Sul e Vacaria/RS e Lages/SC.
Outras ações também foram executadas para erradicar o greening (doença que afeta frutas cítricas) e o cancro da videira (bactéria que prejudica as folhas e a qualidade das uvas), prevenir e controlar a traça da bananeira e a sigatoka negra, que atinge o crescimento e produtividade da banana. Também é exercida a vigilância da monilíase do cacaueiro, nas áreas de fronteira do Brasil com a Venezuela, Colômbia e Peru, onde ocorre a praga. (Leilane Alves)
Fonte: Mapa - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

O uso de microrganismos como bioindicadores

O sistema de plantio direto (PD) dispensa as práticas tradicionais de aração e gradagem e, hoje, é uma realidade como alternativa conservacionista para solos como os do Brasil, de estrutura frágil e submetidos, frequentemente, a excessos ou falta de chuvas. No PD, os macroagregados do solo são mantidos, preservando o nicho principal de atividade dos microrganismos. Ocorre, também, maior disponibilidade de matéria orgânica, fonte de energia e nutrientes para os microrganismos. Além disso, o PD proporciona teores mais elevados de umidade do solo, menores oscilações térmicas e temperaturas máximas inferiores, criando condições mais favoráveis aos microrganismos.
Já no sistema de plantio convencional (PC) o solo é revolvido por meio de arações e gradagens, operações essas que quando realizadas com muita frequência e em condições inadequadas de umidade de solo tendem a pulverizar o solo facilitando os processos erosivos e a perda de matéria orgânica.
Fazendas e experimentos sob PD e PC no Brasil têm sido objeto de vários estudos, especialmente na área de ciência do solo, onde são avaliados e quantificados os efeitos desses sistemas de manejo nas propriedades físicas, químicas e biológicas do solo.
Na região dos cerrados tivemos a oportunidade de avaliar experimentos onde o PD havia sido recém-estabelecido (2 anos) e onde ele já estava sendo praticado há 6 anos. No início dos estudos coletamos amostras de solo nas profundidades de 0 a 5 cm e de 5 a 20 cm. A amostragem foi realizada nos meses de janeiro (estação chuvosa) e agosto (estação seca). Avaliamos o carbono da massa de microrganismos do solo (C da biomassa microbiana, CBM) e a atividade de três enzimas do solo relacionadas ao ciclo do C (β-glicosidase), P (fosfatase ácida) e S (arilsulfatase).
O experimento I, onde o PD havia sido estabelecido há dois anos, constava de sucessões de Mucuna-cinza (Mucuna pruriens)/milho, em dois sistemas de manejo: PD e plantio com incorporação da mucuna em pré-plantio da cultura comercial (PC). A mucuna foi semeada no final da estação chuvosa e o milho no início.
O experimento 2, consistia de uma rotação soja/milho onde o PD estava sendo praticado há 6 anos. A área sob PC era preparada anualmente com aração e gradagem, antes do plantio da cultura comercial, e gradagem para incorporação de invasoras logo após a colheita. Na faixa sob PD, o milheto (Pennisetum americanum) foi utilizado como planta de cobertura.
O que verificamos foi que as principais diferenças entre PD e PC foram observadas nas amostras coletadas na época chuvosa e na profundidade 0 a 5 cm, tendo sido mais acentuadas no experimento II, onde o PD já estava consolidado. Isso ocorre porque no sistema de PD, a aplicação localizada de adubos e a ausência de revolvimento do solo (favorecendo o acúmulo de restos culturais e de raízes nos cinco centímetros iniciais) propiciam uma estratificação de tal forma que as camadas mais superficiais passam a apresentar propriedades químicas, bioquímicas e microbiológicas bem distintas, quando comparada à profundidade de 5 a 20 cm. Nas áreas sob PC, onde o revolvimento do solo permite uma distribuição mais homogênea de adubos e restos culturais no perfil, essa diferenciação não é tão acentuada. Também observamos que as diferenças entre as profundidades 0 a 5 cm e 5 a 20 cm tendem a aumentar com o tempo de implantação do PD. Por isso as diferenças observadas entre os sistemas de PD e PC foram mais pronunciadas no experimento II, onde o PD foi estabelecido há mais tempo.
Com relação aos bioindicadores, os níveis de carbono na biomassa (CBM) microbiana nas áreas do experimento I (dois anos sob PD) foram semelhantes nas áreas sob PD e PC. No experimento II (seis anos sob PD), na profundidade 0 a 5 cm, os tratamentos sob PD apresentaram níveis de C da biomassa microbiana até 270% superiores aos do PC (quase o triplo).
No experimento I apesar do CBM ter sido semelhante nas áreas sob PD e PC, as atividades das enzimas do solo (β-glicosidase, fosfatase ácida e arilsulfatase) diferiram entre os dois sistemas de manejo sendo maiores no PD. É bom destacar que como o PD só havia sido estabelecido há dois anos também ainda não havia diferenças nos teores de matéria orgânica entre as áreas de PD e PC, o que mostra a habilidade das enzimas como bioindicadores para detectar mudanças sutis que ocorrem no solo em função do estabelecimento de diferentes manejo. Isso é importante, por exemplo, para incentivar o agricultor que recém-adotou o PD na sua lavoura e quer ter alguma indicação de que está indo pelo caminho certo. Ainda com relação as atividades das três enzimas avaliadas, conforme era esperado, as diferenças entre o PD e o PC foram maiores no experimento II, onde também observou-se um aumento médio de 20% na matéria orgânica nas áreas sob PD.
De uma maneira geral esses resultados têm sido confirmados em vários experimentos localizados em unidades de pesquisa e também em fazendas de produtores da Região dos Cerrados e mostram como o uso dos bioindicadores pode antecipar mudanças que irão ocorrer no solo
Fonte: Portal Dia de Campo