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terça-feira, 29 de setembro de 2009

Transformando biotecnologias em bionegócios

“Transformando Biotecnologias em Bionegócios” foi o tema da palestra proferida por José Manuel Cabral Dias, Chefe de Comunicação e Negócios da Embrapa Agroenergia, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, para alunos e professores do Curso de Mestrado em Biotecnologia Aplicada à Agricultura da Universidade Paranaense (UNIPAR), no dia 24 de setembro, na cidade de Umuarama (PR).Ao tratar de tema tão amplo, Cabral enfocou na apresentação três aspectos principais: a importância da biotecnologia na agricultura atual e as perspectivas futuras, a relevância que ela tem no atual momento brasileiro e como iniciar negócios a partir de projetos de pesquisa que são feitos na Universidade. A respeito da importância da biotecnologia na vida moderna, o palestrante mostrou exemplos que são conhecidos por todos, mas que, às vezes, passam despercebidos. Falou de como a biotecnologia será importante para que a agricultura amplie a importância econômica na produção de alimentos, produtos químicos, fibras, fármacos, biocombustíveis e materiais básicos para diversas indústrias de transformação.
“Muitas das características que atualmente são exigidas nos produtos, como qualidade, funcionalidade, rastreabilidade, inocuidade, biossegurança, certificação e customização dependerão cada vez mais da biotecnologia”, apontou Cabral. Além disso, fez menção aos desafios que o Brasil enfrenta em aumentar a participação da energia de fontes renováveis em sua matriz energética e mostrou que a biotecnologia será decisiva ao desenvolver métodos e processos para aproveitamento eficiente de matérias primas alternativas para a produção de etanol, como o sorgo sacarino, a mandioca, os resíduos agrícolas e o bagaço da cana-de-açúcar. Destacou, por exemplo, que a transformação das folhas, das palhas e do bagaço da cana em etanol por rotas biotecnológicas pode incrementar em 30 a 40% a produção do biocombustível.
A Lei de Inovação
“O ambiente para o desenvolvimento e utilização das biotecnologias no Brasil é o mais favorável de todos os tempos”, enfatiza Cabral. A partir da Lei de Inovação de 2004, foram lançadas as Políticas de Desenvolvimento da Biotecnologia, em 2007, e a Política de Desenvolvimento Produtivo, de 2008. A Lei de Inovação tem um conjunto de dispositivos e mecanismos para aproximar as Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs) dos setores produtivos. Cabral reforça que as duas Políticas, recentemente lançadas, traçam diretrizes e alavancam recursos para apoio à biotecnologia aplicada à saúde humana, à agricultura, à indústria e ao meio ambiente. Nos últimos dois anos, foram criadas entre 15 e 20 empresas de biotecnologia por ano e a tendência é que esse número aumente. Em seguida, o palestrante mostrou as principais estratégias para iniciar um negócio em biotecnologia. Tais estratégias podem ser a contratação de projetos conjuntos com instituições de ciência e tecnologia, o licenciamento de patentes, o estabelecimento de contratos para a exploração de “segredo industrial” (know-how) e a incubação de empresas de base tecnológica.

Fonte: www.embrapa.br

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