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sexta-feira, 9 de abril de 2010

Brasil ganha US$ 3,6 bi com uso da tecnologia de transgênicos

A adoção de sementes geneticamente modificadas no Brasil proporcionou um ganho acumulado de US$ 3,6 bilhões entre as safras 1996/97 e 2008/09, mostra estudo divulgado nesta terça-feira pela Consultoria Céleres. O levantamento foi realizado para a Associação Brasileira de Sementes e Mudas (Abrasem).
De acordo com o estudo, o valor compreende os ganhos de produtividade nas lavouras e, principalmente, a redução de custo nas aplicações de agrotóxicos. A cultura da soja, que dispõe de sementes transgênicas há cerca de 13 anos no Brasil, responde por 78% desse montante. O milho, que teve suas primeiras variedades transgênicas liberadas apenas na safra 2007/08, já responde por 18% do total.
Ainda de acordo com o estudo, nos próximos 10 anos a maior adoção de plantas geneticamente modificadas pelos produtores em culturas como soja, milho e algodão pode gerar ganhos econômicos de até US$ 48 bilhões, entre aumento de produtividade e redução de custo de produção.
Fonte: Valor Econômico

Vinte cinco marcas terão o Selo 100% Feijão a partir de junho

Já está definida a imagem do selo de qualidade “100% Feijão”, que deverá estar estampado nos pacotes das principais marcas de feijão do país a partir de junho. Até agora, 25 empresas já aderiram ao projeto e estão se adequando às normas de qualidade exigidas pelo selo.
Segundo o presidente do Conselho Administrativo do Ibrafe, Marcelo Eduardo Lüders, as adequações deverão trazer benefícios tanto para as empresas do setor, como para o consumidor. “As empresas passarão por uma certificação minuciosa e após se habilitarem certamente terão um inédito argumento de vendas. Quanto ao consumidor, quando bem informado, ele reconhece e paga por um produto seguro” afirmou.
Apresentada ao ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, à Câmara Setorial do Feijão e a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) durante o mês de março, a iniciativa foi aprovada. O Ministério acolherá as eventuais denúncias do “100% Feijão” de violações à legislação.
O selo é um certificado concedido às empresas que seguem as normas de manipulação de alimentos, apresentam no pacote as especificações corretas do grão e produzam de forma sustentável.
Conheça o selo e as marcas que já terão o selo em seus pacotes:
Flor do Sul, Barão, Biju, Caipira, Caldo Bom,Camil, Codil, Combrasil, Delicia, Dona Cota, Du Rio, Ferreirinha, Galante, Graos Brasil, Kikaldo, Máximo, Namorado, Pantera, Pé Vermelho, Pereira Pink, Primavera, Turquesa, Vitoria e Zaeli. As informações são de assessoria de imprensa.
Fonte: Agrolink

Plantio direto e integração lavoura e pecuária será debatido em Sorriso

A comissão organizadora do 1º Encontro Regional de Sistemas Produtivos buscou apoio do legislativo para a realização do evento que acontece no município nos dias 1 e 2 de junho. Entre os presentes estavam o presidente da comissão organizadora do evento Darcy Getúlio Ferrarin e o vice presidente da comissão Elcio Vicente Pozzobon, juntamente com o presidente da Câmara Chagas Abrantes (PR), os vereadores Luis Fábio Marchioro (PDT), Bruno Stellato (PDT) e o vereador licenciado Leocir Faccinu (PDT).
Durante a reunião as lideranças foram unânimes e demonstraram apoio na promoção do evento. Sendo de extrema importância para compartilhar as novas tecnologias do campo e apresentar essas inovações para o produtor rural, técnicos, acadêmicos e afins.
“É importante para nós que todas as lideranças de Sorriso se mobilizem para a realização do Encontro Regional de Sistemas Produtivos e apresentar para todo o país o que o nosso município tem de melhor, pois nós somos a capital mundial da soja", avaliou Darcy. "Ainda existe uma necessidade constante de transferência de novas tecnologias para o campo e é necessário que aconteça a divulgação dessas novidades”, emendou.
O presidente do legislativo, Chagas Abrantes e demais vereadores municipais presentes concordaram com a comissão organizadora do encontro quanto a necessidade de difundir as novas tecnologias divulgar o potencial da capital brasileira do agronegócio para todo o país.
Fonte: Agronoticias

Sistema brasileiro que evita perda em silos chega a Cuba

O próximo destino do Cycloar é Cuba. De acordo com o idealizador Werner Uhlmann, os cubanos estão de olho no sistema capaz de zerar os problemas causados pela umidade dentro dos silos. No Brasil são cerca de 90 mil equipamentos instalados. Somados, os armazéns da Alemanha, Japão, América do Sul, Arábia Saudita e Estados Unidos já possuem instalados mais de 30 mil.
De acordo com dados da Agrocult Consultoria e Treinamento em Armazenagem, o Brasil perde a cada safra uma média de 20% da produção em função de armazenamento inadequado. "O País deveria possuir pelo menos 20% a mais da safra colhida em capacidade de armazenagem", afirma Adriano Mallet, diretor e consultor da Agrocult.
Uhlmann, engenheiro mecânico, apesar de não ser do setor agrícola, empregou a experiência adquirida na área industrial para criar o Cycloar. Segundo o empresário, que considera o princípio de armazenagem brasileiro arcaico, de 30 anos atrás, foram necessários dez anos de pesquisa em resistência a vento e funcionalidade até patentear e ceder os direitos de fabricação há cinco anos para a Provent do Brasil, empresa de Curitiba.
O empresário contou que há 25 anos, após uma viagem aos Estados Unidos, trouxe para o Brasil o sistema de ventilação giratório e levou para os depósitos agrícolas, mas apesar do sucesso na época, o aparelho não resolveu o problema. "Em cima dos defeitos comecei a pesquisar", comenta.
Para se ter uma ideia, de acordo com cálculos de Uhlmann, em um silo pequeno, para 20 mil sacas de soja, o produtor esperaria um retorno financeiro de R$ 740 mil, calculado a R$ 37 a saca. No entanto, apenas por umidade, as perdas podem somar R$ 3,6 mil. "Sem contar os gastos que o produtor costuma ter com energia elétrica para a realização da aeração", disse o empresário.
Segundo Uhlmann, o investimento no sistema de exaustão e aeração natural se paga em 26 dias. "Essa projeção foi levantada pela cooperativa Cotripal, que há quatro anos adquiriu o Cycloar."
Para o consultor, a armazenagem é um ponto estratégico dentro do processo agrícola.
De acordo com Mallet, o produtor foca sua atenção no plantio, investindo em sementes, defensivos, fertilizantes e maquinário de olho na produtividade, e consequente rentabilidade, mas terceiriza o armazenamento de sua produção. "O produtor deveria se preocupar mais com a armazenagem, já que se não for adequada poderá comprometer seu lucro. O ideal seria ter armazém na propriedade", diz Mallet.
O consultor considera necessário mais investimentos em linhas de crédito ao agricultor brasileiro. "Além de redução de perda de grãos, ele [o produtor] poderia ganhar prêmio de qualidade."
Cálculos da Agrocult mostram que para a construção de um pequeno armazém, para cinco mil sacas, por exemplo, precisam ser investidos em média R$ 110 mil.
Segundo Mallet, em condições climáticas normais, o avanço da produtividade da safra do Brasil gira em torno de 5% ao ano. Enquanto o crescimento em armazenagem é de cerca de 2,5%. "Este ano, a safra nacional deve ser crescer mais, 6%. Se em 2011 esse cenário se repetir o crescimento será ainda maior e a armazenagem não vai acompanhar", diz .
Mallet disse ainda que a região Centro-Oeste do Brasil, especialmente Mato Grosso, é a mais carente em unidades de silos. Tanto que em 2009 teve armazenamento a céu aberto, coisa que este ano por conta do clima não renderia bons frutos. "O centro-oeste está avançando em área", afirma.
O Rio Grande do Sul, Paraná e Goiás, de acordo com o consultor, tem cultura de armazenagem antiga, de enxergar a necessidade de investimento em silos. "Estes possuem vários armazéns."
Estatística da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) mostra que no Brasil existem 17.247 armazéns estáticos, com capacidade total de acondicionar 133,47 milhões de toneladas.

Cycloar
O equipamento de exaustão Cycloar pode ser instalado em qualquer tipo de cobertura e inclinação. O aparelho é constituído por dois cilindros estáticos, justapostos, com diâmetros e alturas diferentes e venezianas com aberturas invertidas. Werner Uhlmann, seu criador, é alemão e está radicado no Brasil há 44 anos.
Fonte: Agrolink

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Fertirrigação na bananeira reduz gastos com fertilizantes em 20%


A fertirrigação é uma técnica simples que traz benefícios econômicos para produtores de banana irrigada. Os custos com fertilizantes podem ser reduzidos em mais de 20%, porque os adubos são misturados à água de irrigação e chegam diretamente às plantas. A tecnologia pode ser bem simples e utilizada pelo pequeno produtor, mas também pode ser bem complexa e cara, dependendo da disponibilidade do bananicultor.
— No momento em que o produtor está fazendo a irrigação, ele está automaticamente adubando a cultura. O maior benefício para a cultura da bananeira é você poder aplicar a quantidade de nutrientes que você deseja no momento em que você deseja. Você pode suprir exatamente as necessidades nutricionais da bananeira por meio do fertilizante. Na adubação direta no solo, são poucas aplicações durante o ano e com a fertirrigação você pode parcelar esta irrigação. Ou seja, aumenta a eficiência dos adubos, há menos perdas e as plantas aproveitam mais este adubo aplicado — explica Luiz Antônio Teixeira, pesquisador do Instituto Agronômico de Campinas e da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.
Existem várias técnicas para fazer esta mistura do fertilizante na água, que basicamente consiste em uma solução que é dissipada pelo fluxo de água nas plantas enquanto ela está sendo irrigada. O pesquisador diz que as técnicas podem ser simples e de acesso ao pequeno produtor, mas também podem ser bem complexas e bastante caras, dependendo da disponibilidade do bananicultor. Ele explica também que não há grandes impactos de produtividade se o produtor já estiver fazendo uma adubação correta, produzindo em torno de 50 quilos de fruta por hectare. Mas dá um exemplo da grande economia gerada.
— Se na adubação aplicada no solo o produtor utiliza 400 quilos de potássio para produzir estas 50 toneladas por hectare, com a fertirrigação ele só vai precisar usar de 300 a 350 quilos de potássio. Ou seja, o produtor gasta menos adubo para produzir a mesma quantidade de frutos — resume.
Fonte: Poral Dia de Campo

Embrapa defende parceria com usinas para difundir etanol de sorgo

O Brasil pode tornar-se uma referência mundial na produção de etanol a partir do sorgo, mas para isso os pesquisadores precisam intensificar as parcerias com usinas em todo o País para conhecer melhor o sistema de produção da cultura e ajustá-lo às diferentes regiões.
A avaliação foi feita nesta terça-feira, 06, por pesquisadores da Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas-MG), em audiência pública realizada pelas comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; e de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática. A audiência foi requerida pelo deputado Duarte Nogueira (PSDB-SP). O sorgo é um cereal que pode ser usado como alimento humano e animal, além de ser útil na produção de farinha, entre outras aplicações.
A disseminação da cultura, em parceria com usinas de todo o País, facilitaria a compreensão do seu aproveitamento industrial, do sistema de mecanização da lavoura e das variedades mais promissoras. "O caminho hoje é a integração com as grandes destilarias. Precisamos de produtores de usinas localizadas em diferentes pontos do País que se disponham a montar unidades pilotos", disse o pesquisador João Carlos Garcia.
A Embrapa já realiza um projeto piloto com uma empresa privada mineira, com uma área plantada de 12 hectares. Garcia quer replicar essa experiência em outros pontos do País.

Potencial
Segundo os pesquisadores, o sorgo tem um alto potencial energético - pode produzir até 4,5 mil litros de etanol por hectare, metade do aproveitamento da cana-de-açúcar - e pode ser usado de forma complementar aos canaviais. A ideia é que ele seja colhido nos períodos de entressafra da cana (janeiro a março), fornecendo matéria-prima para as usinas no seu período de ociosidade.
"O sorgo é uma verdadeira fábrica de energia", atestou o pesquisador da Embrapa Robert Schaffert. Segundo ele, em dois anos a instituição deverá colocar no mercado novas variedades de sorgo para a produção de etanol. Em cinco anos, devem surgir cultivares (variedades híbridas) mais resistentes e fáceis de serem colhidas no campo.
Schaffert disse que o sorgo tem como vantagens, além do ciclo curto, a baixa necessidade de água e a possibilidade de mecanização total da colheita, o que torna a produção mais eficiente do que a da cana, ainda intensiva em mão-de-obra. Outra vantagem é a possibilidade de usar as sobras da produção nas usinas para a alimentação animal.

Benefício
O deputado Duarte Nogueira disse que a produção de etanol a partir do sorgo poderia beneficiar os consumidores. "Durante a entressafra, período em que o preço do álcool está mais caro, poderemos continuar produzindo etanol. Isso permitirá uma condição mais adequada de abastecimento do mercado", disse.
Ele lembrou que as pesquisas com sorgo no País foram interrompidas na década de 80. O sucesso da produção de álcool a partir da cana acabou enfraquecendo as pesquisas com o cereal que vinham sendo feitas pela Embrapa. Com a abertura de um mercado mundial de biocombustíveis. Qualquer produto usado como fonte de energia produzido a partir de biomassa renovável (aproveitamento de lixo ou resíduos de processos industriais). Por ser biodegradável, atóxico e praticamente livre de enxofre e aromáticos, é considerado um combustível ecológico. O biodiesel, por exemplo, é um aditivo para motores de combustão interna com ignição por compressão, derivado de fontes renováveis, como soja e mamona. Ele pode ser usado puro ou misturado com o diesel mineral, em qualquer proporção. Outro exemplo de biocombustível é o etanol., o sorgo voltou a ser priorizado pela Embrapa para a produção de etanol e pode viver um boom no futuro.
Atualmente, a cultura de sorgo tem uma posição marginal no País, apesar de ser adaptada aos climas tropicais. A produção foi de 1,9 milhão de toneladas na safra 2008/2009, contra 5,9 milhões de toneladas do trigo - cultura de climas temperados.
Fonte: Embrapa

Fertilizante inteligente: ganhos econômicos e ambientais

Um produto inédito, batizado de fertilizante inteligente, pode criar um novo paradigma para o agronegócio do Brasil. Desenvolvido por uma equipe de pesquisadores da Universidade Federal do Paraná, o fertilizante tem o objetivo de substituir os atuais fertilizantes solúveis, como a ureia. De acordo com o professor Antônio Salvio Mangrich, coordenador da equipe, a grande diferença é que o novo fertilizante é misturado com argila, o que facilita a sua fixação no solo e evita o desperdício por lixiviação. A mistura não evapora porque suporta até 150ºC sem se degradar e vai sendo diluído aos poucos pela água da chuva e da irrigação. O produto deve chegar ao mercado em dois anos.
Como o novo fertilizante não é solúvel, há dois benefícios principais: econômico e ambiental. Ele vai custar a mesma coisa do que a ureia, mas vai fixar nas plantas todo o nitrogênio adicionado, sem perdas por causa de evaporação ou chuva. Pelo mesmo motivo (a estrutura diferenciada), ele não vai escorrer para os rios e córregos, evitando a geração de danos ambientais.
— Nós desenvolvemos este fertilizante de liberação lenta para tornar o agronegócio brasileiro economicamente mais viável e ambientalmente mais adequado. A ureia, por exemplo, que é o fertilizante nitrogenado mais usado na agricultura, chega a perder de 60% a 70% com a lixiviação ou por evaporação do calor por ser solúvel. Uma das principais fontes de poluição de água no mundo são os fertilizantes nitrogenados que são lixiviados para lagos, rios e lagoas, tomando todo o oxigênio da água e causando a mortalidade dos animais, como peixes. Eles acabam tornando estas águas praticamente improdutivas e isto não ocorre com o nosso fertilizante — explica o professor.
A expectativa do professor é que o novo fertilizante chegue ao mercado em, no máximo, dois anos. Segundo ele, vai depender da empresa Ouro Fino Negócios, que está negociando a patente e já começou os testes de campo para ter dados conclusivos de produtividade. O produto pode ser usado em qualquer cultura, do pequeno até o grande produtor, desde hortas caseiras até culturas de grandes lavouras.
— O novo fertilizante é extremamente adequado para o nosso solo, porque desenvolvemos, aqui na Universidade do Paraná, tecnologias para a realidade dos solos brasileiros. O solo brasileiro é muito intemperizado por causa do nosso clima, o que faz dele pobre e com pouca possibilidade de prender os fertilizantes que são adicionados, exceto os de fósforo, mas nitrogênio e potássio têm pouca aderência — diz Mangrich.
Fonte: Dia de Campo

terça-feira, 6 de abril de 2010

Bionergia e outros temas na Dinapec

A Embrapa Agropecuária Oeste (Dourados, MS) estará presente na Dinapec – Dinâmica Agropecuária, de quarta-feira( 7) a sexta-feira (9) , na sede da Embrapa Gado de Corte – uma das Unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), localizada no Km 4 da BR 262, em Campo Grande (MS). Na ocasião, a Unidade vai expor conhecimentos sobre alternativas de produção com espécies oleaginosas para bioenergia, com ênfase na cultura de pinhão manso (foto) divulgando os trabalhos em andamento e os resultados de pesquisa.
Outro ponto a ser abordado é a época de semeadura e zoneamento agrícola. “A época de semeadura é fator determinante para o sucesso da lavoura e depende das recomendações do zoneamento agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que visa à diminuição de riscos na agricultura, principalmente, devido à falta de chuvas”, explica o supervisor da Área de Negócios e Transferência da Embrapa Agropecuária Oeste, Claudio Lazzarotto.
Também serão disponibilizadas informações sobre o consórcio de milho com braquiária como, por exemplo, o potencial de aumentar os benefícios do consórcio para racionalizar custos com o ajuste na população de plantas de braquiária visando diminuir a competição com o milho.

Evento
A Abertura oficial do evento será às 9h30 com a presença de lideranças do setor agropecuário, políticos, chefes das Unidades participantes do evento e empregados da Embrapa. A partir das 14 horas começam os trabalhos técnicos da Dinapec. O primeiro será a palestra “Balde Cheio”, um projeto inovador de transferência de tecnologias a ser apresentado pelo pesquisador da Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos/SP), Fernando Campos Mendonça. Em seguida, outra palestra pelo pesquisador Ezequiel Rodrigues do Vale, da Embrapa Gado de Corte (Campo Grande/MS). Ele vai falar do Programa Boas Práticas Agropecuárias - Bovinos de Corte.
Os cursos e os roteiros tecnológicos programados para a Dinapec serão realizados na quinta-feira( 8) e na sexta-feira ( 9) . A idéia da Dinapec é promover a troca de informações, aperfeiçoamento e atualização por meio de cursos, demonstrações tecnológicas e contato com os técnicos e pesquisadores. É um evento onde o produtor deve se sentir à vontade para tirar dúvidas, adquirir novos conhecimentos, sugerir novas pesquisas, se atualizar e se aperfeiçoar como empresário rural.
Fonte: Embrapa

Gado de alta genética são comercializados em Peixoto de Azevedo

A Associação dos Criadores do Vale do Peixoto, (ACRIVALE)em Peixoto de Azevedo (217 Km de Sinop), realizou no mês passado no Parque de Exposições, um leilão especial de animais de alta qualidade genética. O evento teve participação de vários pecuaristas da região, do estado e do país.
O grupo IMA ofertou 29 touros nelore PO e LA, com preço médio de venda por animal de R$ 4.737,93. O lote de maior cotação foi adquirido pelo comprador Emerson Zanette, da Fazenda Pau com Formiga, localizada no município de Peixoto de Azevedo, por R$ 8.000,00, se sagrando também o maior comprador do remate.
É a primeira vez que o Grupo IMA participa de um leilão em Peixoto de Azevedo, embora os compradores já conheçam a genética IMA, que já vendeu mais de 200 touros para a região.
O médico veterinário e diretor do Grupo, André Zambrim, falou da importância da participação no leilão, “Foi um leilão importante para disseminarmos ainda mais a genética do Grupo IMA na região. OS touros ofertados são de alto valor genético e irão contribuir muito com o rebanho local”, afirmou.
Ele também ressaltou o grande potencial da região dentro da pecuária do Estado, “Peixoto de Azevedo está se tornando um importante pólo da pecuária mato-grossense, reflexo da busca dos fazendeiros pela melhoria genética do seu rebanho”, comentou André Zambrim.
Fonte: Agronotícias

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Soluções da Bayer CropScience para tratamento de grãos armazenados ajudam a reduzir perdas no pós-colheita

A FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) divulgou recentemente que as perdas no período pós-colheita em países em desenvolvimento podem variar entre 15 e 50%. As razões para isso podem ser exposição à chuva, seca ou temperaturas excessivas; transporte e armazenamento inadequados; contaminação por micro-organismos; entre outras.
Estes dados demonstram a importância de se discutir questões como certificação e gargalos operacionais das unidades armazenadoras e controle de pragas e roedores. Este é o objetivo do IV Simpósio Sul de Pós-Colheita, que ocorre entre 01 e 3 de dezembro, em Panambi/RS. A Bayer CropScience, por meio de sua área de Saúde Ambiental, participará do evento.
"Estes índices elevados de perdas demonstram a importância de tratar os grãos armazenados, pois ao evitar o desperdício, podemos aumentar a disponibilidade de alimentos e diminuir prejuízos. Durante o evento, o destaque da Bayer CropScience é o K-Obiol, focado no tratamento de grãos armazenados", diz Luis Fernando Macul, gerente de Marketing da área de Saúde Ambiental da Bayer CropScience.
O inseticida é indicado para controle de insetos que agem em grãos armazenados e está disponível em duas versões: K-Obiol 25 CE e K-Obiol 2P. O primeiro pode ser aplicado diretamente no grão, enquanto o segundo pode ser aplicado nos silos e nas sacarias e também no tratamento de pisos e paredes de silos e armazéns antes de serem abastecidos. Além disso, esses produtos possuem registro para usos na maioria dos grãos e já são tradicionalmente utilizados pelos principais armazenadores do País, em razão dos padrões de segurança e dos serviços de assistência técnica disponíveis nacionalmente.
"Em nosso estande, além de informações sobre K-Obiol, os visitantes poderão conhecer melhor toda nossa linha de produtos, que inclui também o tratamento de outros tipos de pragas, como ratos, que podem estar presentes nos locais de armazenamento", explica Macul.
Para o controle de ratos, ratazanas e camundongos a indicação é Rodilon, raticida de dose única, que possui efeito prolongado por ser resistente à umidade. A eliminação dos ratos é rápida e normalmente ocorre entre 24 e 48 horas.

Serviço
IV Simpósio Sul de Pós-Colheita
Local: AFUCOPAL - Associação dos Funcionários da Cotripal
Endereço: Rua Henrique Baal, 695 - Panambi - RS
Data: de 01 a 03 de dezembro

Grupo Suzano papel e celulose vende máquinas pesadas em leilão online

O Grupo Suzano que atua há mais de 85 anos no setor de papel e celulose disponibilizou Máquinas Pesadas Florestais, Peças e Componentes em leilão online.
Estão disponíveis 34 lotes, sendo: 16 Cabeçotes de Corte Timberjack, modelo HTH 260; Trator Florestal Forwarder Randon Mod. RK610; Trator Florestal Timberjack, Mod.: 1110 8W; 16 Escavadeiras Hidráulicas Komatsu, modelo PC200.
Os ativos estão localizados nas cidades de Teixeira de Freitas/BA, Biritiba Mirim, Itatinga e São Miguel Arcanjo/SP.
O leilão será realizado pela Superbid, empresa especializada na avaliação e venda de ativos físicos por meio de leilões oficiais presenciais e via Internet simultaneamente.
O encerramento do leilão acontecerá no próximo dia 07 de abril, a partir das 14 horas, mas a utilização da internet no processo proporciona que interessados possam participar de imediato, oferecendo os lances através do site www.superbid.net.
Fonte: Agrolink

Nova América vende colheitadeiras em leilão online

A Nova América, maior companhia independente nacional em fornecimento de cana, com atividades concentradas na produção de cana, grãos, laranja, suco e pecuária de corte, disponibilizou Colheitadeiras Cameco e Brastoft em leilão online.
Estão disponíveis 7 lotes, sendo: 4 Colheitadeiras Cameco de Esteira CHT 2500 B, 1 Colheitadeira Cameco de Pneus CRW 2500 e 2 Colheitadeiras Brastoft de Pneus A 7000.
Os ativos estão localizados na cidade de Tarumã no estado de São Paulo.
O leilão será realizado pela Superbid, empresa especializada na avaliação e venda de ativos físicos por meio de leilões oficiais presenciais e via Internet simultaneamente.
O encerramento do leilão acontecerá no próximo dia 09 de abril a partir das 11 horas, mas a utilização da internet no processo proporciona que interessados possam participar de imediato, oferecendo os lances através do site www.superbid.net.
Vale lembrar que os bens serão vendidos no estado em que se encontram e sem garantia.
Fonte: Agrolink

Ministério da Agricultura apoia países em desenvolvimento com potencial de produção de biocombustíveis

A consolidação das iniciativas de apoio aos países em desenvolvimento no setor de energias renováveis foi uma das diretrizes estabelecidas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) nos últimos três anos. Algumas ações de cooperação internacional marcaram a inserção do etanol brasileiro no mundo, como a Conferência Internacional de Biocombustíveis, em novembro de 2008, a primeira etapa do Programa de Cooperação em Energias Renováveis (Prorenova), com seminários de transferência de tecnologia para países africanos e asiáticos, em outubro de 2009, e as duas edições da Semana do Etanol (Ethanol Week), em 2008 e 2009.
O Mapa participou da organização da Conferência Internacional de Biocombustíveis, que reuniu delegados de 90 países e mais de 20 instituições internacionais, como a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), o Banco Mundial e a Agência Internacional de Energia. O encontro foi mais uma política de fomento às energias renováveis adotada pelo governo federal, com o envolvimento direto do Ministério da Agricultura.
A primeira etapa de seminários do Prorenova, iniciativa do Mapa com outros órgãos governamentais, incluiu visitas a sete países da África Austral, a maioria com grande potencial para a produção de cana-de-açúcar, considerada a matéria-prima mais eficiente para os chamados biocombustíveis de primeira geração. A cana permite a produção de etanol a baixo custo e o seu bagaço também pode gerar excedentes de energia elétrica, contribuindo para aumentar a segurança energética desses países.
O Prorenova faz parte da estratégia de levar a experiência brasileira na produção e uso sustentáveis dos biocombustíveis aos países da África e Ásia. Na primeira etapa, foi apresentado o Zoneamento Agroecológico da Cana-de-Açúcar (ZAECana) como instrumento de ordenamento territorial e de aumento da eficiência produtiva da agricultura, permitindo harmonizar a produção de alimentos e de biocombustíveis com a preservação ambiental.
“O desenvolvimento do mercado de etanol é um dos pilares dessa política que envolve, não apenas as oportunidades para os produtores brasileiros, mas também o fortalecimento das discussões sobre redução de emissões de gases de efeito estufa”, explica o assessor do Departamento de Cana-de-açúcar e Agroenergia do Mapa, José Nilton de Souza Vieira. Ele lembra ainda que a consolidação da cana-de-açúcar, como segunda fonte primária de energia do Brasil, paralelamente ao crescimento da produção, do consumo interno e das exportações de alimentos, pode ser reproduzida em outros países.
A Semana do Etanol, iniciativa conjunta do Mapa e da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), apresenta a experiência brasileira com a produção e uso do etanol combustível aos técnicos de governos dos países em desenvolvimento. Participaram da primeira edição, em 2008, mais de 60 delegados de 30 países de idioma espanhol, francês e português e, da segunda, 48 delegados de 19 países de língua inglesa e portuguesa.
De acordo com Vieira, o Brasil tem muito a oferecer e a ganhar com essas cooperações internacionais. Em curto prazo, o objetivo é apresentar o etanol como alternativa para geração de emprego e renda, bem como, para redução dos riscos de segurança energética. “A médio e longo prazos, espera-se que alguns desses países possam se tornar clientes de nossa indústria de equipamentos e de serviços e que ajudem o Brasil na organização do mercado internacional de biocombustíveis”, ressalta. (Sophia Gebrim)
Fonte: MAPA

Missão brasileira discute etanol e energia solar na China

Novas tecnologias para produção de etanol e geração de energia solar foram exploradas durante visita da delegação brasileira em Pequim (China), encerrada nesta quinta-feira (1º). Integraram a equipe representantes dos ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Relações Exteriores (MRE), Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Minas e Energia (MME), Casa Civil e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
A delegação trocou informações com representantes da COFCO Corporation, estatal chinesa responsável pelo desenvolvimento agrícola do País. Além da produção de alimentos, a empresa investe em novas tecnologias do etanol de mandioca e pesquisas com hidrólise celulósica. “A China tem condições de solo e clima limitadas para a produção de cana-de-açúcar, por isso, outras matérias-primas vêm sendo pesquisadas, como a mandioca e o sorgo doce”, informa o assessor do Departamento de Cana-de-Açúcar e Agroenergia do Mapa, José Nilton de Souza Vieira, que representou o Mapa.
O grupo participou de seminário sobre energias renováveis na Universidade de Tsinghua, em Beijing. A possibilidade de cooperação na área de energia solar, eólica e biocombustíveis foi amplamente discutida. Vieira destaca que a universidade é responsável pela tecnologia de 80% dos painéis de energia solar instalados na China. Além disso, o País fonece 70% dessas placas ao mercado mundial.
Os chineses também demonstraram interesse no projeto de cooperação Brasil-África em bioenergia, que transfere a tecnologia e o know-how brasileiro para países africanos em desenvolvimento. “Com acesso à tecnologia, muitos países poderão harmonizar produção de biocombustíveis com alimentos, já que o crescimento econômico é condição fundamental para acesso a tecnologias sustentáveis”, finaliza. (Sophia Gebrim)
Fonte: MAPA

Ufscar apresenta 2 variedades de cana resistentes à ferrugem alaranjada

No dia 25 de março, 13 novas cultivares de cana-de-açúcar foram apresentadas pela Ridesa (Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Sucroalcooleiro), no ano que a instituição completa 20 anos de existência. Cinco universidades estão fazendo o lançamento para diferentes regiões do país. No sul a Universidade Federal do Paraná apresenta 3 variedades, no nordeste a Universidade Federal Rural de Pernambuco apresenta 2 e a Universidade Federal de Alagoas 5 variedades. No sudeste a Universidade Federal de Viçosa lança 1 cultivar e a Universidade Federal de São Carlos duas. O diretor executivo da Ridesa, Marcos Sanches, e vice-diretor do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de São Carlos fala sobre as novidades no mercado de cana-de-açúcar.
A cana-de-açúcar tem uma importância bastante significativa no país apesar de ser cultivada basicamente na região centro-sul. É uma matéria-prima muito importante para a produção de energia. Estrategicamente, a Ridesa está fazendo este lançamento em conjunto em várias regiões porque a cultura da cana-de-açúcar está tendo área de crescimento. Todas as cultivares são muito competitivas no mercado e com o diferencial da longevidade da colheita, que além da produtividade hoje é muito importante também — diz Sanches.
As duas novas variedades apresentadas pela Universidade Federal de São Carlos são a RB 965902 e a RB 965917, que valem para a Região Centro-Sul como um todo, mas principalmente para os Estados de São paulo e Mato Grosso. Outra vantagem das cultivares é a resistência que elas apresentam a ferrugem alaranjada, uma nova doença que ataca a cana-de-açúcar. A RB 965902 é para ser colhida de junho a outubro, segundo Sanches, com boa característica para colheita mecanizada e exigência média em ambiente, vai bem até o tipo C. Já a RB 965917 é mais precoce, deve ser colhida até o início de maio, mas também tem porte ereto facilitando a colheita mecânica. A produtividade média delas é de 80 a 110 toneladas por hectare, com 5 ou 6 cortes.
A produtividade é parecida com as variedades do mercado, a vantagem está na longevidade dos canaviais. Hoje as usinas estão começando a moer em março e vão até dezembro. Com o aumento nesse número de dias no ano, há necessidades de se desenvolver variedades mais adaptadas a estas características porque a cana-de-açúcar é uma cultura semi-perene. Aumentar a longevidade é importante porque um dos maiores custos é o da área de reforma, porque tem que haver investimento na qualidade do solo, mudas de qualidade — explica
Fonte: Agronegócio

terça-feira, 30 de março de 2010

Área e tecnologia ampliam safra de grãos do MaToPiBa

Lavouras de soja e milho ganham espaço e produtividade ano a ano. Juntos, os quatro estados cultivam 3,5 milhões de hectares e devem colher 9 milhões de toneladas de grãos neste ano
A expansão da soja no Centro-Norte do país redesenha a geografia do agronegócio brasileiro. A região responde por cerca de 10% dos grãos produzidos no país e, ano a ano, se firma como a mais promissora fronteira agrícola nacional. A locomotiva do crescimento é o MaToPiBa, um gigantesco pedaço de Cerrado que engloba as regiões com aptidão para produção de grãos dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.
Em meio à vegetação nativa, lavouras de soja e milho se misturam à paisagem e ganham espaço a cada safra. Há dez anos, as duas culturas ocupavam menos de 1 milhão de hectares nesses quatro estados, conforme as estatísticas oficiais. Hoje, soja e milho cobrem 3,5 milhões de hectares, segundo a Expedição Safra RPC.
Nos últimos cinco anos, o plantio de grãos tem crescido cerca de 5% ao ano na região, calcula Max Bomfim, gerente de originação da trading maranhense Ceagro. Projeções da Ceagro e da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) indicam que os quatro estados ainda teriam outros 7,5 milhões disponíveis à agricultura. Se toda essa extensão fosse aberta, a área total de grãos do MaToPiBa ultrapassaria os 10 milhões de hectares.
O ritmo do avanço da nova fronteira, sujeito a variáveis como preço e mercado, ocorre de forma planejada pelos produtores. Um exemplo é Condomínio Boa Esperança, em Baixa Grande do Ribeiro, no Piauí, que no próximo ano pretende somar mais 1 mil hectares aos 6,8 mil hectares de cultivo atuais. O gerente Giordano Rickri conta que o condomínio tem outros 3,2 mil hectares passíveis de produção. “O planejamento é incorporar 1 mil hectares por ano, meta que vai depender do comportamento do mercado.” Em Nova Santa Rosa, distrito do município de Uruçuí, também no Piauí, não é diferente e a abertura de áreas não para. Wilson Marcolin incorporou 160 hectares neste ano e quer abrir mais 120 na próxima temporada, elevando sua área total de cultivo para 950 hectares.

Tecnologia
Além da incorporação de área, a expansão da agricultura no Centro-Norte sustenta-se em ganhos de produtividade. É comum encontrar no MaToPiBa rendimentos que não deixam nada a desejar às lavouras de soja em Toledo (Oeste) ou de milho em Guarapuava (Campos Gerais), lideres em produtividade no Paraná.
Quando o solo não ajuda muito, como na propriedade de João Damasceno de Sá Filho, de Pedro Afonso, no Piauí, entra então a tecnologia. Ele encontrou na agricultura de precisão o caminho para driblar as deficiências naturais do solo. Plantou seus quase 1,2 mil hectares de soja com invstimento de ponta, para colher até 3,6 mil quilos por hectare. Com 50% da area colhida, afirma que vai fechar a safra com média ligeiramente inferior, próxima de 3,5 mil quilos por hectare.
O rendimento foi comprometido pelo ataque de pragas e doenças de final de ciclo. Ainda assim será a sua melhor produtividade desde 1992, quando começou a plantar soja na região. “A minha primeira lavoura de soja rendeu menos de 2,3 mil quilos por hectare. Agora, já faz nove anos que não colho menos que 3 mil quillos”, lembra Sá Filho.
Apesar do reinado absoluto da soja, tem quem invista para obter altas produtividades de milho no na região. Na propriedade de Albino Rossato em Luis Eduardo Magalhães, na Bahia, o cereal que antes era plantado só para rotacionar culturas e fortalecer o solo agora gera renda. As lavouras ocupam quase 20% da área de cultivo e devem render a Rossato quase 11 mil quilos por hectare.
Resultados como os de Sá Filho e Rossato compensam relatos de perdas causadas por veranicos em outras áreas, como pontos isolados do Maranhão e da Bahia, e sustentam a safra cheia prevista para o MaToPiBa na temporada 2009/10. Entre soja e milho, a região deve colher neste ano 9 milhões de toneladas. Há apenas uma década, colhia pouco mais 3 milhões de toneladas de grãos. Fonte(s):
Fonte: Gazeta do Povo

Brasil e China buscam cooperação no setor de energias renováveis

Uma delegação brasileira estará em Pequim (China), até a próxima quarta-feira (31), com o objetivo de identificar temas de interesse para estreitamento de cooperação técnica na área de energias renováveis. Serão trocadas de informações sobre a política energética adotada por ambos os países. Integram a delegação brasileira representantes dos ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Relações Exteriores (MRE), Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Minas e Energia (MME), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e Casa Civil.
“Além da cooperação na área de biocombustíveis e energia eólica, teremos contato com empresas produtoras de placas fotovoltaicas (transformam energia solar em elétrica), mercado que experimenta forte crescimento naquele país”, pontua o assessor do Departamento de Cana-de-Açúcar e Agroenergia do Mapa, José Nilton de Souza Vieira, que integra a delegação.
Como estratégia da missão, Vieira destaca a importância de apresentar o Brasil como fornecedor confiável, inclusive com oportunidades de investimentos para os chineses e da discussão de projetos de cooperação trilateral, que buscam o fomento da produção de biocombustíveis no continente africano.
“O Brasil espera, também, incentivar os chineses para envolvimento mais efetivo no Grupo Técnico de Trabalho da Parceria Global de Bioenergia (GBEP, siga em inglês), fortalecendo, assim, a representação dos países em desenvolvimento e no Fórum Internacional de Biocombustíveis”, concluiu Vieira. (Sophia Gebrim)
Fonte: MAPA

quinta-feira, 25 de março de 2010

Pesquisadores franceses buscam novas parcerias com a Embrapa

A Embrapa Informática Agropecuária (Campinas, SP) recebeu, de 15 a 17 de março, a visita de pesquisadores do L’institut de Recherche en Sciences et Technologies Pour L'environnement, órgão do Centro Francês de Pesquisa Aplicada na Área de Engenharia, Agricultura e Meio Ambiente (Cemagref), localizado em Clermont-Ferrand, na França.
“O objetivo é avançar nos trabalhos e estabelecer novas parcerias em pesquisa e desenvolvimento (P&D) entre o Cemagref e a Embrapa”, conta o pesquisador da unidade Marcos Cezar Visoli. As duas instituições já desenvolvem pesquisas conjuntas em georrastreabilidade, cujo foco é a aplicação de geoinformação, com uso de ferramentas de tecnologia da informação e sensoriamento remoto, para rastreabilidade de cadeias produtivas do agronegócio.
Os cientistas Jean-Pierre Chanet e François Pinet, especializados em redes de sensores e em banco de dados, respectivamente, atuaram no projeto internacional Manejo Operacional e Protótipo de Geodecisão para Rastrear a Produção Agropecuária (Otag). O projeto foi coordenado pela Embrapa Monitoramento por Satélite (Campinas, SP), com a participação da Embrapa Informática Agropecuária e da Embrapa Gado de Corte (Campo Grande, MS).
Em Campinas, os visitantes reuniram-se com as chefias das duas unidades da Embrapa e discutiram uma proposta para a construção de um armazém de dados (data warehouse) agroambiental, integrando redes de sensores e banco de dados. Os pesquisadores franceses estiveram, ainda, no Laboratório de Automação Agrícola da Universidade de São Paulo (USP), onde também articularam a elaboração de projeto em parceria com as três instituições.
De acordo com Chanet, a viagem foi uma importante oportunidade para estabelecer contatos e conhecer novas pesquisas em desenvolvimento no País, especialmente as que necessitam de sistemas de rastreabilidade. Ele acredita que é bastante promissora a colaboração entre os grupos para a construção de um banco de dados para a agricultura que contribua para a sustentabilidade desse segmento na Europa e no Brasil.
Durante a visita, também ocorreu um encontro com o pesquisador da Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos, SP) Manoel Jacinto, especialista em boas práticas agropecuárias. O tema discutido foi a criação de um sistema de rastreabilidade para couro bovino. Novas reuniões estão previstas entre os cientistas franceses e brasileiros para aperfeiçoamento das propostas e a continuidade das parcerias.
Fonte: Embrapa

Universidades lançam variedades produtivas e resistentes de cana

A partir deste ano, o setor sucroalcooleiro pode contar com novas variedades de cana-de-açúcar República do Brasil (RB). As cultivares, que são mais produtivas e resistentes a doenças e pragas, têm material genético testado em diferentes ambientes de produção de regiões canavieiras, explicou o reitor da Universidade Federal Rural de Pernambuco, professor Walmar Correia de Andrade. Além de Pernambuco, as pesquisas que resultaram nas novas variedades foram feitas nas universidades federais de Viçosa (MG), São Carlos (SP), Alagoas e no Paraná. Atualmente, 60% da área plantada com cana no Brasil é cultivada com variedades RB.

Das 13 espécies que foram liberadas hoje, cinco são de propriedade da Universidade Federal de Alagoas - RB931003, RB931011, RB951541, RB98710 e RB99395. As duas primeiras, mais rústicas, são tolerantes a estresses hídricos, e as três últimas são precoces, ricas em açúcar e de elevada produtividade. Além dessas, uma é de propriedade da Universidade Federal de Viçosa, duas da Federal Rural de Pernambuco, duas da Federal de São Carlos, e três da Federal do Paraná.
Para o professor, a expectativa é que o leque de variedades de cana aumente nos próximos anos, na esteira do crescimento do setor sucroalcooleiro. Correia de Andrade explicou que produtores interessados nas variedades liberadas hoje deverão procurar as universidades. "Técnicos visitarão as propriedades para avaliar as condições e indicar as variedades mais indicadas", explicou.
O agrônomo e professor de Fitopatologia do Centro de Ciências Agrárias (Ceca), Marcelo Cruz, lembrou que as variedades desenvolvidas pela Universidade Federal de Alagoas estão sendo testadas na Costa Rica para comprovar ou não a resistência à chamada "ferrugem alaranjada". Ele explicou que a doença foi detectada pela primeira vez no Brasil em dezembro de 2009. O método mais eficaz para controlar a doença é o uso de variedades resistentes, ressaltou o agrônomo. "As cinco variedades estão em teste na Costa Rica e não apresentaram, até o momento, sintomas da doença", disse
Fonte: Estadão

Novas tecnologias de promoção da agroindústria são mostradas em Brasília

O uso de novas tecnologias no desenvolvimento da agroindústria em territórios rurais foi apresentado nesta quinta-feira (25), em Brasília, no 2º Salão Nacional dos Territórios Rurais. As ações são do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac).
O Projeto Sabor Nativo, desenvolvido pela Embrapa, unidade Clima Temperado, foi uma das iniciativas mostradas. O trabalho, voltado para a inovação e cooperação, visa contribuir para o fortalecimento da agroindústria regional, integrando seis empresas gaúchas, cinco de Pelotas e uma de São Lourenço do Sul/RS. O objetivo é cultivar e colocar no mercado, um lote com produtos inéditos, incluindo frutas nativas e da região de clima temperado. Em dezembro de 2009, o primeiro lote começou a ser comercializado. A expectativa é que um novo lote esteja disponível no mercado em abril.
Os produtos destacam-se pelo uso de matérias-primas pouco utilizadas, entre araçá, pitanga, butiá, flor de feijoa e pequenas frutas de clima temperado, como a amora e o mirtilo. “Durante o processo produtivo, são utilizadas técnicas inovadoras que, além de diminuir os riscos e os custos nas empresas, estimulam a produção do pequeno agricultor e a valorizam as frutas nativas”, explica o pesquisador da Embrapa Clima Temperado e coordenador do projeto, Daniel Aquini. Como produto final, são fabricadas balas, doces, sorvetes, bombons, geléias e tortas.
Sergipe - O pesquisador da Embrapa Tabuleiros Costeiros Edmar Siqueira apresentou o projeto Articulação para a geração e transferência de tecnologias, produtos e serviços, de base ecológica, que relata a experiência da empresa nos territórios sergipanos. Foram mostradas as ações e resultados no centro-sul do estado, com a realização de diagnóstico rural participativo, formação de multiplicadores de conhecimento, identificação de eixos de desenvolvimento e criação de redes sociais de aprendizado. “As ações vêm contribuindo para o desenvolvimento agrícola daqueles territórios, com a consolidação de ferramentas eficazes de controle social”, disse o pesquisador.
Promovido pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) em parceria com outros órgãos do governo federal como o Mapa, o 2º Salão Nacional dos Territórios Rurais divulga estudos e programas que contribuem para o desenvolvimento sustentável das propriedades rurais e de agricultura familiar. O evento será encerrado nesta quinta-feira (25).
Fonte: MAPA

quarta-feira, 24 de março de 2010

Conab implementa ferramenta digital para busca de armazéns

A partir de agora, produtores, armazenadores, empresários do agronegócio e pequenos agricultores que precisem consultar o Cadastro Nacional de Unidades Armazenadoras, administrado pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), têm novas opções de busca. A Superintendência de Gestão da Tecnologia da Informação da estatal implementou a ferramenta para consulta pública a partir da base de dados do Sistema de Cadastro Nacional de Unidades Armazenadoras (Sicarm).
A primeira é a consulta por armazéns localizados em diferentes municípios, mas que estão em áreas geográficas com características econômicas e sociais semelhantes, chamadas de mesorregiões. “Até então, a consulta ocorria apenas por estados e municípios”, explica o superintendente da área, Marcelo Lins. A segunda novidade é que os resultados passam a conter mapas dos armazéns, o que facilita a sua localização visual. A consulta pode ser feita pelo site da Conab, em armazéns cadastrados.
Além do público específico, o serviço é aberto a todo cidadão. A nova ferramenta também vai ajudar o trabalho de campo realizado pelos técnicos da Companhia nos armazéns.
Fonte: Agrolink

Nova embalagem de café mantém cor, gosto e aroma inalterados por mais de um ano

A qualidade do café não deixou de ser apenas um diferencial, hoje é uma necessidade. Diversos genótipos, técnicas de manejo e de produção têm sido criadas para melhorar a qualidade do café, mas se a pós-colheita não for tão eficiente quanto a produção, o produtor pode ver todo o seu investimento desperdiçado. Pensando em melhorar cada vez mais a estocagem de café, principalmente os especiais, o professor Flávio Meira Borém, do Departamento de Engenharia da Universidade Federal de Lavras, desenvolveu uma nova embalagem, que mantém inalteradas as características do café por mais de um ano.
— O mundo desenvolvido, Japão, Estados Unidos, Europa, está em busca desta tecnologia porque quando se compra cafés especiais o valor pago é muito grande e há uma necessidade de se preservar este tipo de característica por mais tempo. Existe uma grande demanda para novas tecnologias de armazenamento de cafés especiais. Conseguimos manter a qualidade do café, em condições controladas, durante no mínimo um ano de armazenamento. Estas embalagens podem apresentar ou não o controle de sua atmosfera com a injeção de gases como o dióxido de carbono, o CO2, para manter o sabor e aroma. O interessante é que estas embalagens, inclusive, estão intensificando a cor do café — comemora o professor.
A nova embalagem está em fase final de avaliação, falta apenas o reconhecimento de patente. Empresas privadas já estão sendo incubadas para fabricar o embalagem em escala industrial, de modo que ela já possa chegar no mercado no segundo semestre deste ano. Borém diz a nova embalagem será mais barata do que o uso de vácuo para acondicionamento de café especial e que, evidentemente, ela será mais cara do que o saco de juta, pela tecnologia agregada e por todos os benefícios que ela proporciona.
— O café de qualidade é visto hoje como uma exigência mínima para se alcançar preços diferenciados ou valor agregado. Hoje em dia, a qualidade é uma ferramenta para garantir a viabilidade econômica do negócio café. O produtor não pode deixar que todo o trabalho feito na produção seja perdido ou alterado por causa da armazenagem — alerta Borém.
Fonte: Dia de Campo

Pluviologger: sistema agrometeorológico permite transmissão de dados via celular


A Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) é a responsável por fazer as previsões de tempo e clima dentro do Estado, tanto para o meio rural quanto para a área urbana e desenvolveu uma tecnologia própria para realizar estas medidas: o Pluviologger. O equipamento é uma estação agrometeorológica automática, que monitora os parâmetros climáticos voltados para a agricultura. Ele mede dados de umidade, temperatura, precipitação e orvalho de hora em hora e permite que a transmissão de dados seja feita via celular. O tecnólogo Adriano Régis, um dos responsáveis pelo desenvolvimento do equipamento diz que o maior benefício é a expansão do banco de dados que a Epagri terá disponível.
— O Pluviologger não é vendido ao agricultor, porque o nosso objetivo não é o lucro. O que nos interessa é ter um banco amplo de dados meteorológicos de todo o Estado. O parceiro (que pode ser uma associação de agricultores ou um instituto) fornece o espaço, nós fazemos toda a logística de instalação, recepção de dados e disponibilização na internet — diz Régis.
O equipamento, que está no mercado desde 2005, tem três módulos: exibição, armazenagem de memória e transmissão de dados. O primeiro módulo exibe os dados medidos pelo aparelho de hora em hora, o agricultor pode ir no equipamento e visualizar os dados que a estação está transmitindo nos padrões internacionais. O segundo módulo é a armazenagem dos dados em cartão de memória, o que faz com que os pesquisadores possam coletar os dados a qualquer momento. Segundo Régis, o cartão tem memória suficiente para toda a vida útil do equipamento (pode armazenar mais de 10 anos de dados).
— O terceiro módulo, que é o mais interessante para a sede da Epagri em Florianópolis, é que ela transmite estes dados via celular. Além do agricultor e de pesquisador, em termos de rede, esta estação envia os dados em todos os pontos onde ela está instalada que tenham sinal de celular. A Epagri é o principal consumidor desta informação, e tem a principal rede de pontos de monitoramento no Estado. Pelo motivo de ser o principal consumidor, ela teve a ideia de desenvolver uma solução própria ao invés de adquirir soluções prontas de mercado, pelo alto custo das soluções importadas — explica.
Fonte: Portal Dia de Campo

terça-feira, 23 de março de 2010

Presidente da ABEF defende sistema de integração agroindustrial

 
Graças a ela fortaleceu-se a economia dos municípios e fixou-se a família rural no campo, amenizando o êxodo rural. A defesa do sistema de integração foi feita nesta semana, em Chapecó, pelo presidente da Associação Brasileira de Produtores e Exportadores de Frango (ABEF), o ex-ministro da Agricultura Francisco Sérgio Turra em reunião com prefeitos, empresários e secretários de agricultura, na sede da Associação dos Municípios do Oeste de Santa Catarina (Amosc).
A avicultura é a melhor alternativa econômica para o pequeno produtor rural, constituindo um modelo copiado por outros países. Revelou que muitos países da América Latina e do Oriente Médio procuram frequentemente a ABEF em busca de empresas brasileiras que queiram se instalar no exterior, oferecendo, para isso, uma série de incentivos fiscais e materiais.
Lembrou que 2009 foi um ano difícil para a agricultura e o agronegócio em geral, período no qual produtores e indústrias amargaram prejuízos, depois de um período de crescimento médio anual de 12% na década. Em 2009 houve recuo nos mercados tradicionais e o Brasil cresceu apenas na Ásia e na África. Para 2010, a projeção é de incremento de 5% no volume de produção física de carne de frango e 10% em receitas. O consumo per capita nacional chegará próximo de 40 kg/habitante/ano.
As exportações também devem crescer, com a recuperação dos preços em dólar e ampliação da presença em mercados emergentes, como Nigéria, Indonésia, Malásia e Paquistão. A carne brasileira é exportada para 152 países.
Depois de lembrar que a carne de aves é universalmente aceita em razão de sua alta qualidade e da inexistência de restrições de ordem religiosa, Turra asseverou que o sistema de integração levou bem-estar às famílias rurais e transferiu tecnologia aos criadores. Assegurou que são injustas algumas críticas endereçadas ao sistema de integração, mostrando que a Embrapa realiza pesquisas econômicas sobre custos e resultados que atestam o equilíbrio na relação produtor-indústria
Fonte: Agronegócio

Agricultores de MG vão produzir girassol para biocombustíveis

A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) está ampliando suas ações no Estado para o Projeto de Biocombustíveis da Petrobras. O projeto, executado em 70 municípios do Norte de Minas, parte do Vale do Jequitinhonha e Centro-Oeste, está sendo estendido agora para nove municípios do Sudoeste mineiro. A iniciativa vai beneficiar cerca de 80 agricultores familiares, que produzirão grãos de girassol para abastecer a fábrica de biocombustíveis da estatal federal, em Montes Claros, Norte de Minas. Desde o primeiro contrato firmado em 2007, a Emater-MG mantém parceria com a Petrobras para atender produtores nas atividades de orientações técnicas, cadastramento e distribuição de sementes e sacarias para o acondicionamento da matéria-prima (oleaginosas).
No Sudoeste, as lavouras de girassóis irão ocupar um total de 900 hectares de terra. E o plantio ocorrerá na época da entressafra, que vai de março a julho, segundo o coordenador técnico estadual Waldyr Pascoal Filho, gestor do projeto. “O produtor acabou de colher o milho e agora vai aproveitar a terra ociosa neste período para o plantio de girassol, matéria-prima do biocombustível”, explica o coordenador. De acordo com Pascoal, o clima favorável da região favorece o plantio da oleaginosa na entressafra. Além disso, os produtores locais já têm experiência na produção de girassol para abastecer as indústrias de óleo. “Mas isso não beneficiava diretamente o pequeno produtor, pois as lavouras destinadas a esse fim são de grandes produtores. Agora, com a inclusão do agricultor familiar da região, no projeto da Petrobras, surge uma nova fonte de renda para esse grupo que ficava à margem do mercado”, argumenta.
Ainda segundo o gestor do projeto, estão sendo destinadas oito toneladas de sementes para os produtores cadastrados do Sudoeste. A distribuição já está ocorrendo nos municípios de Cássia, Carmo do Rio Claro, Pains, Passos, Pimenta, Piumhi, São João Batista da Glória, São José da Barra e Bom Jesus da Pinha. Só no município de Pains estão sendo doadas, pela Petrobrás, 1.620 quilos de sementes para os produtores locais. Um dos cadastrados é o agricultor Douglas Ribeiro, que vê no plantio de girassol, não apenas mais uma fonte de renda, mas também uma forma de recuperar os três hectares de terra que dispõe para esta finalidade. “É mais uma oportunidade de aumentar a renda familiar e fazer rotação de cultura no solo, pois o terreno está ficando fraco com o cultivo de sorgo para silagem”, conta.
Em Pains, o também agricultor familiar Altair José de Souza, que reserva uma área total arrendada de 115 hectares para o empreendimento, afirma que o projeto tem tudo para ser um bom negócio. “Tem mais gente interessada em plantar girassol. Após a safra de milho, a terra fica parada. Então plantar girassol para biocombustíveis tem tudo para ser bom”, diz. O agricultor, que trabalha em parceria com o pai e o irmão, e já adiantou o plantio de sementes de girassol em 15 hectares do terreno, só está esperando a assinatura do contrato de venda com a Petrobras para semear nos 100 hectares restantes.
Fonte: Notícias Agrícolas

USP terá estação para pesquisa da cana-de-açúcar em Jaú-SP

O governo de São Paulo anunciou hoje a criação da Estação Experimental de Agroenergia, vinculada à Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo (USP). O centro funcionará em Jaú (SP) e será dedicado à pesquisa da cana-de-açúcar. O anúncio foi feito hoje, em cerimônia no Palácio dos Bandeirantes, na capital paulista, com a presença do governador José Serra (PSDB). "A cana é fundamental para a economia de São Paulo e para o Brasil", afirmou o secretário estadual da Agricultura, João Sampaio. "Vamos pesquisar novas variedades agronômicas, álcool químico e novos modelos de colheita e de produção de energia a partir da cana." A estação terá uma plantação experimental para trabalho de campo dos alunos da Esalq. O terreno de 77 mil metros quadrados, doado pela construtora Camargo Corrêa, abriga um prédio que será reformado para dar lugar às salas de aula. De acordo com Sampaio, o plano é abrigar no espaço cursos de graduação e especialização em bioenergia. "Até o final de 2010, a USP deve instalar lá um novo curso de pós-graduação", afirmou. A instalação da estação, ainda sem data para ser inaugurada, faz parte da Rede de Bioenergia da USP, que pesquisa fontes renováveis de energia, como biomassa e etanol.
Fonte: Agência Estado

segunda-feira, 22 de março de 2010

Cuecas são feitas de fibra de bananeira


Empresa australiana de roupas íntimas cria linha masculina feita com fibras de bananeira.
A Aussiebum afirma se a primeira produtora mundial das cuecas feitas com material retirado da casca da bananeira.
Para garantir o conforto, a peça seria uma mistura de 27% fibra de banana, 64% algodão e 9% lycra.
O tecido ecológico ajudaria a reduzir o consumo de outros materiais usados normalmente na fabricação de cuecas. Ele não requer cuidados diferentes da maioria das roupas íntimas – deve ser lavado em água fria, sem alvejantes, seco à sombra e passado com ferro frio.
Cada peça é vendida por US$26,61 e, apesar da iniciativa ambiental, as cuecas vêm sendo um pouco criticadas, especialmente por sua divulgação – afinal, as fotos da campanha parecem focar pouco na sustentabilidade do produto.
Fonte: Info

Projeto piloto deve avaliar novas alterações no Sisbov

Simplicidade e interação são as diretrizes das mudanças sugeridas para o Sistema de Identificação e Certificação de Bovinos e Bubalinos (Sisbov), da Secretaria de Defesa Agropecuária. Sob consulta pública até janeiro deste ano, a versão deve entrar em vigor no segundo semestre de 2010. A proposta de acesso direto do banco de dados aos produtores, que também assumirão as devidas responsabilidades pelas informações repassadas, é um dos pontos centrais da reorganização do sistema. Diretor de Programas da Área Animal, Marcio Rezende, observa que essa desburocratização do processo é fundamental para o bom funcionamento do programa.
Deste modo, as certificadoras deixariam de ser intermediárias entre os criadores e o sistema. Isso agilizaria o processo, evitaria uma série de complicações e daria aos proprietários maiores condições de manter os dados sempre atualizados — afirma.
Criado em 2001, para atender aos parâmetros de identificação animal e registro de informações de propriedades, preconizados pela União Européia, o então Serviço de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e Bubalinos sofreu alterações elaboradas sob perspectivas muito abrangentes em 2006.
A Instrução Normativa 17/2006 tinha um enfoque bastante voltado para agregação de valor ao produto, uma vez que, na ocasião, o Sisbov se encontrava sob a coordenação da Secretaria de Desenvolvimento Rural e Cooperativismo, que não tem a questão sanitária propriamente como foco. Tivemos alguns problemas com a implementação, que levaram à crise de 2008. Nós não temos vinculação de tempo, o trabalho segue para que o sistema funcione de maneira mais orgânica e harmonizada — menciona ele.
Em visita ao Brasil na primeira quinzena de março de 2010, a Missão do Escritório de Alimentação e Veterinária da União Europeia (FVO) avaliou positivamente o controle nacional de qualidade e procedência da carne in natura para exportação. A equipe também discutiu as novas alterações propostas pelo comitê consultivo (2008), composto por representantes de produtores, governo, exportadores, e frigoríficos. Rezende ressalta, no entanto, que testes em projetos piloto precederão obrigatoriamente quaisquer mudanças práticas no Sisbov.
Fonte: Dia de Campo

Boas práticas agrícolas buscam uso sustentável da água

Racionar o uso da água e tornar sua aplicação mais eficiente nos métodos ou sistemas de irrigação empregados no Brasil são alguns dos objetivos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Neste 22 de março, em que se comemora o Dia Mundial da Água, o Mapa orienta quanto à gestão dos recursos hídricos, em bases sustentáveis, como ferramenta para aumentar a eficiência da irrigação na agricultura.
O Brasil é detentor de, aproximadamente, 12% da disponibilidade hídrica do planeta e a agricultura é uma das atividades econômicas que mais dependem da água e do seu uso racional. “É importante enfatizar o papel da agricultura irrigada na geração de emprego e renda e a contribuição da água nesse processo produtivo”, aponta o chefe da Divisão de Agricultura Irrigada do Mapa, José Silvério.
Com recursos do Programa de Crédito Rural de Incentivo à Irrigação e à Armazenagem (Moderinfra), que chegam a R$ 500 milhões para a safra 2009/2010, além de projetos direcionados ao uso, manejo e conservação de solos, o Mapa vem apoiando iniciativas que buscam o uso mais eficiente da água, por meio de modernas tecnologias, garantindo a máxima produtividade agrícola e a sustentabilidade do sistema do ponto de vista econômico, social e ambiental. “Nesse sentido, o desperdício, os custos elevados e a falta de água exigem o permanente desenvolvimento de pesquisas para determinar os graus de eficiência de cada método utilizado na irrigação, bem como a definição do balanço hídrico com os níveis de necessidade por cultura em cada estágio de seu ciclo evolutivo”, explica o chefe da Divisão de Agricultura Irrigada.
O Dia Mundial da Água, definido pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2003, tem como objetivo promover uma reflexão sobre a importância da água nos contextos social, econômico, ambiental, ecológico e político, visando sua conservação e preservação para atender as necessidades da atual e futura gerações.
Fonte: MAPA

Brasil aposta em biotecnologia para ser mais competitivo em agricultura

Os agricultores brasileiros apostam nos avanços em biotecnologia para serem mais competitivos no mercado internacional e manter o país entre os principais celeiros do mundo.
As experiências com transgênicos no país começaram há dez anos e, em 2003, se comercializou a primeira colheita desse tipo com o aval do Governo. Desde então, os cultivos geneticamente modificados se expandiram a uma velocidade surpreendente.
No ano passado, o Brasil plantou 21,4 milhões de hectares com cultivos geneticamente modificados, o que corresponde a 16% da produção mundial de transgênicos, segundo o Serviço Internacional para a Aquisição de Aplicações Agrobiotecnológicas (ISAAA, na sigla em inglês).
Com isso, o Brasil se tornou o segundo maior país cultivador de transgênicos no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, com 64 milhões de hectares.
Os índices do ISAAA constatam que 71% da soja plantada no Brasil já é transgênica, assim como 31% do milho e 16% do algodão, números que devem crescer nos próximos anos, disseram à Agência Efe especialistas agrícolas participantes de uma feira agrícola na cidade de Não-Me-Toque, no Rio Grande do Sul.
"A tendência é que, em pouco tempo, toda a soja, milho e algodão brasileiros sejam geneticamente modificados. Também optaremos pelo trigo transgênico assim que sua produção for aprovada, a menos que o consumidor final exija o contrário", afirma Gelson Melo de Lima, gerente de produção da cooperativa agropecuária Cotrijal, organizadora da feira.
Segundo os agricultores, a falta de subsídios do Governo para o setor agrícola influiu na rápida adoção dos cultivos geneticamente modificados desde sua aprovação.
"Os Estados Unidos e a Europa têm boa parte da produção subsidiada, o que possibilita preços mais baratos. Aqui não temos isso. Os produtores incorporaram as novas tecnologias de forma acelerada porque viram a oportunidade de reduzir os custos e ganhar mais força no mercado", acrescenta Lima.
Segundo os especialistas, os transgênicos são cada vez mais aceitos no Brasil e há estudos que comprovam a confiabilidade e segurança dos alimentos geneticamente modificados.
O produtor rural Ivo Urbano Richter argumenta que o uso da biotecnologia também ajuda a preservar o meio ambiente porque, ao usar sementes resistentes a larvas e insetos, se reduz a necessidade de recorrer a venenos e outros produtos químicos nas plantações.
"Com isso, se contribui para a recuperação da biodiversidade das zonas rurais e, além disso, economiza-se água e energia", afirma.
Marcelo Gravina, especialista do núcleo de Biologia Molecular Vegetal da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), considera que a biotecnologia também tem vantagens para a saúde.
"O Brasil tem hoje muitos problemas com alimentos contaminados por fungos, que entram quando os insetos atacam as plantações", assinala.
Gravina acrescenta que, "ao cultivar milho que reduz a ameaça dos insetos, também se reduz a contaminação e a probabilidade de doenças em humanos".
Segundo ele, os agricultores europeus são mais reticentes que os americanos e os asiáticos aos cultivos transgênicos porque boa parte de sua produção agrícola está subsidiada pelos Governos e porque eles possuem pouca área disponível para cultivos.
Diferentes especialistas participantes da feira consideraram o Brasil um país de vanguarda, junto aos Estados Unidos, em relação à pesquisa e à aplicação de sistemas biotecnológicos.
"O cultivo de transgênicos cresce em torno de 8% ao ano no mundo e o Brasil é um dos países que tem taxas superiores a essa", ressalta Gravina.
Como parte desses avanços, ele citou o desenvolvimento da semente de soja brasileira geneticamente modificada, cuja produção foi aprovada no ano passado e que no futuro próximo substituirá a usada atualmente, que é comprada a multinacionais americanas.
Fonte: Portal G1

ATENÇÃO: Nova Praga de eucalipto chega à região de Curitiba

O percevejo bronzeado do eucalipto, Thaumastocoris peregrinus (Hemiptera: Thaumastocoridae), vem atraindo a atenção do setor florestal mundial, devido à rapidez com que tem se disseminado e a importância dos danos ocasionados em plantios de eucaliptos, nos diferentes países onde foi introduzido. Trata-se de um inseto sugador de aproximadamente 3mm de comprimento, corpo achatado, cor marrom clara e tipicamente gregário. Altas infestações desse percevejo promovem uma redução na taxa fotossintética, causando desfolha, e em alguns casos podem matar as árvores. Os sintomas associados ao dano são, inicialmente o prateamento das folhas, que, com o tempo evolui para o bronzeamento das folhas, daí o nome popular do inseto (percevejo bronzeado).

Sua presença no Brasil foi detectada em maio de 2008 em São Francisco de Assis, RS, e posteriormente, em junho, em Jaguariúna, SP. Após sua detecção, a área de dispersão tem aumentado progressivamente em todo o País.
A falta informações sobre esse inseto é verificada em todo o mundo. O problema é bastante atual e faz pouco tempo que os estudos iniciaram. Na busca por informações, a Embrapa Florestas esta colaborando para elaboração de um mapa de distribuição dessa praga no Brasil.
Fonte: Embrapa

Agricultura Inteligente

A utilização de tecnologia no campo encontra-se em plena expansão atualmente. A chamada agricultura de precisão ou agricultura inteligente, que utiliza dados meteorológicos para o acompanhamento das fases da cultura e minimização de perdas na produção, tem conquistado cada vez mais produtores em todo o País. Uma vez que dados sobre a temperatura do ar, tempo de molhamento foliar, precipitação e umidade do solo podem de fato ajudar na produção.
Isto, porque, as culturas e plantas em geral, só se desenvolvem bem em condições favoráveis de clima e solo. Podemos assinalar entre as principais variáveis climáticas determinantes para o sucesso do desenvolvimento de uma planta em determinada região: a chuva, a temperatura e a radiação solar. Não menos importantes, há ainda a umidade relativa e o vento, consideradas variáveis secundárias. Porém, tendo as primeiras, a cultura consegue se adaptar e crescer de forma saudável.
Acompanhar tais condições permite que a cultura possa se desenvolver da melhor forma possível, em uma determinada região, o que torna o monitoramento agrícola fundamental na agricultura moderna. Este trabalho nada mais é do que o acompanhamento das condições do tempo durante as várias fases da cultura, com obtenção e anáise de dados precisos, por meio de estações meteorológicas e sensores que captam estas informações.
Com este acompanhamento, o agricultor tem condições de saber a hora certa de irrigar, pulverizar, colher, além de relacionar as fases mais críticas da cultura como o desenvolvimento vegetativo, o florescimento e a maturação da planta. Com dados sobre o número de horas de molhamento foliar, ele poderá ainda ficar atento ao desenvolvimento de doenças. Poderá acompanhar também o risco de geadas na sua propriedade e se precaver contra isso.
Porém, vale lembrar, que é importante que o agricultor esteja bem informado e procure ajuda técnica especializada, para fazer o acompanhamento das condições do tempo de forma adequada. Desta forma irá saber quais valores são benéficos e quais são os que ele deve tomar providências. Com os dados obtidos, o agricultor poderá, por exemplo, utilizar a água para irrigação de uma forma mais racional, fazendo o acompanhamento e o registro com exatidão sobre os gastos de água para irrigação em sua propriedade.
A agricultura de precisão utiliza diversos recursos: de estações meteorológicas a sensores inteligentes para o monitoramento do microclima agrícola. Entre eles, os de temperatura, umidade do ar, tempo de molhamento foliar e precipitação, presentes em equipamentos específicos para o campo. Nesta linha, a Ag Solve possui dois equipamentos que fazem este trabalho de forma instantânea e automática: o Weather Tracker e o TDR-300. Juntos, eles fornecem informações referentes ao potencial de crescimento das culturas (graus dia), condições limites de crescimento (temperaturas basais e máximas), tempos de molhamento foliar, monitoramento do comportamento de insetos e organismos danosos para a agricultura - como pulgões, ácaros, fungos e bactérias -, tudo por meio da avaliação das condições meteorológicas. Além disso, auxiliam no controle da irrigação, utilizando de forma racional a água.
Por: Mário Banderali - Eng. Agrônomo - AG Solve no Dia de Campo