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terça-feira, 22 de setembro de 2009

Valinhos vai sediar 1º laboratório de astrobiologia do Brasil

O primeiro laboratório de astrobiologia no Brasil será inaugurado no início de 2010, vinculado ao Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da Universidade de São Paulo (USP). As instalações ficarão no Observatório Abrahão de Moraes, em Valinhos, no interior do estado de São Paulo. Mas a maior novidade será a instalação, no laboratório, da primeira câmara de simulação de ambientes espaciais do hemisfério Sul, que está em construção no local sob coordenação de Douglas Galante, pesquisador do IAG. O equipamento, que reproduz condições e ambientes extraterrestres, deve entrar em funcionamento no segundo semestre de 2010. “Com a câmara, conseguiremos simular parâmetros de ambientes fora da Terra, como as condições do espaço ou de outros planetas”, diz Galante. “Se precisamos entender como um organismo vivo sobreviveria em Marte, por exemplo, é possível recriar as características marcianas, controlando variáveis como temperatura, composição gasosa, pressão atmosférica e radiação ultravioleta, de modo que as amostras inseridas dentro da câmara são acompanhadas por detectores”, explica o pesquisador do departamento de Astronomia do IAG. O objetivo é que o laboratório seja usado pela comunidade científica nacional e internacional em pesquisas teórico-experimentais, contribuindo para o avanço do conhecimento em questões diversas da astrobiologia, ciência que envolve conceitos de astronomia, biologia molecular, química, meteorologia, geofísica e geologia. Entre elas estão a possibilidade de existir vida fora da Terra, a origem da vida no planeta e o futuro da vida na Terra e em outros corpos celestes. “A única certeza que temos hoje é que existe vida na Terra, ainda que não saibamos de que forma ela surgiu. Sabemos também que talvez tenha existido vida em Marte, quando lá havia água mais abundante”, diz Galante. “Várias sondas trabalham naquele planeta para tentar identificar esses indícios de vida. Isso mostra que estamos apenas engatinhando no entendimento de como a vida surge, evolui e algum dia pode se extinguir, na Terra e fora dela”, afirma.

Fonte: Ministério da Ciência e Tecnologia

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