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quarta-feira, 24 de março de 2010

Nova embalagem de café mantém cor, gosto e aroma inalterados por mais de um ano

A qualidade do café não deixou de ser apenas um diferencial, hoje é uma necessidade. Diversos genótipos, técnicas de manejo e de produção têm sido criadas para melhorar a qualidade do café, mas se a pós-colheita não for tão eficiente quanto a produção, o produtor pode ver todo o seu investimento desperdiçado. Pensando em melhorar cada vez mais a estocagem de café, principalmente os especiais, o professor Flávio Meira Borém, do Departamento de Engenharia da Universidade Federal de Lavras, desenvolveu uma nova embalagem, que mantém inalteradas as características do café por mais de um ano.
— O mundo desenvolvido, Japão, Estados Unidos, Europa, está em busca desta tecnologia porque quando se compra cafés especiais o valor pago é muito grande e há uma necessidade de se preservar este tipo de característica por mais tempo. Existe uma grande demanda para novas tecnologias de armazenamento de cafés especiais. Conseguimos manter a qualidade do café, em condições controladas, durante no mínimo um ano de armazenamento. Estas embalagens podem apresentar ou não o controle de sua atmosfera com a injeção de gases como o dióxido de carbono, o CO2, para manter o sabor e aroma. O interessante é que estas embalagens, inclusive, estão intensificando a cor do café — comemora o professor.
A nova embalagem está em fase final de avaliação, falta apenas o reconhecimento de patente. Empresas privadas já estão sendo incubadas para fabricar o embalagem em escala industrial, de modo que ela já possa chegar no mercado no segundo semestre deste ano. Borém diz a nova embalagem será mais barata do que o uso de vácuo para acondicionamento de café especial e que, evidentemente, ela será mais cara do que o saco de juta, pela tecnologia agregada e por todos os benefícios que ela proporciona.
— O café de qualidade é visto hoje como uma exigência mínima para se alcançar preços diferenciados ou valor agregado. Hoje em dia, a qualidade é uma ferramenta para garantir a viabilidade econômica do negócio café. O produtor não pode deixar que todo o trabalho feito na produção seja perdido ou alterado por causa da armazenagem — alerta Borém.
Fonte: Dia de Campo

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