O segundo dia da Expodireto Cotrijal foi aberto com a realização do 21º Fórum Nacional da Soja, no auditório central, que permaneceu lotado até o final das exposições. Participaram da abertura o presidente da Cotrijal, Nei César Mânica, o presidente da CCGL, Caio Vianna, o presidente da Fecoagro, Rui Polidoro Pinto e o presidente da Emater, Mário Nascimento.A moderadora do debate foi a jornalista Ana Amélia Lemos, e os palestrantes o assessor técnico do senador Gilberto Goellner, Paulo de Moraes; o diretor e consultor da Safras e Cifras, Cilotér Iribarrem; o diretor de comodities da BM&F Bovespa, Ivan Wedekin; o analista de mercado da Agroconsult, Marcos Rubin, e o diretor e analista da AgRural, Fernando Muraro Jr.
Dentre os temas discutidos estavam o abordado por Paulo de Moraes, que foi “o uso de óleo de soja refinado como combustível de motores diesel”. Segundo ele, alguns países da Europa e até os Estados Unidos já utilizam o óleo refinado de soja há mais de 10 anos em empresas de ônibus, caminhões, trens de carga e navios. “Já existe até a produção de tratores que operam 100% com este combustível. Eles possuem dois tanques, um pequeno para o diesel e outro para o óleo e, inclusive as emissões de gases já estão em conformidade com a legislação.” No Brasil existem algumas tentativas de utilização do óleo e alguns testes já foram realizados com sucesso. Nos Estados Unidos, por exemplo, uma empresa recolhe o óleo de cozinha utilizado em restaurantes, que depois é processado e usado por uma empresa de ônibus.
Outro assunto que envolve os produtores de soja, são as empresas rurais familiares. Para contemplar esta categoria foram debatidos “os desafios e soluções na gestão das empresas rurais familiares”. Cilotér Iribarrem iniciou dizendo que “o agro virou negócio no Brasil, e neste cenário de competitividade e globalização a condução da atividade agrícola como empresa é uma necessidade.” E completou dizendo que, as famílias precisam se organizar para conseguir gerir suas propriedades, sem romper com os laços familiares. Para isso é necessário que pessoas da família se capacitem para administrar essa propriedade. De acordo com o palestrante, essa resistência em controlar os custos está no desconhecimento do produtor, e por eles não quererem repassar os números de suas propriedades para outras pessoas, inclusive as da família.
O tema “gerenciamento de risco e políticas para o agronegócio”, foi abordado por Ivan Wedekin que explicou que os pilares da expansão do agronegócio são: a estabilidade da economia, vantagens de um mercado interno em expansão, aumento da exportação e liderança progressiva no mercado atual, crescimento da produção agropecuária baseada em tecnologias e ganhos de escala, e a retomada política de apoio ao setor rural.
A produção, mercados e preços foi o tema abordado por Marcos Rubin e Fernando Muraro Jr. Rubin falou do Rally da Safra 2010 que são expedições técnicas realizadas em 12 polos agrícolas, com o intuito de ter contato com os produtores rurais e fazer a coleta de amostras de soja e milho. A partir disso, são gerados os números de potencial das safras destes grãos, e as regiões visitadas podem realizar um comparativo. A expectativa é de que no RS sejam colhidos pouco mais de 40 sacos de soja por hectare, e a safra no Brasil deve girar em torno de 68 milhões de toneladas neste ano.
Fonte: Monsanto
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