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quarta-feira, 17 de março de 2010

Cultivar de laranja estará no mercado em 2012

O trabalho de melhoramento conduzido pelo Centro de Citricultura, vinculado ao Instituto Agronômico da Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo, está apresentando resultados promissores com as pesquisas de materiais em casa de vegetação. Sob a direção do pesquisador Marcos Machado, a unidade está testando exemplares com interessantes atributos de resistência a doenças. De acordo com ele, é provável que uma variedade comercial capaz de enfrentar o cancro cítrico chegue ao mercado em dois anos.
De acordo com Marcos, o cancro cítrico tem um dos maiores potenciais de prejuízo no segmento do citros nacional, sendo considerado uma doença limitante em diversos estados do país.
Ainda não causou perdas maiores aqui em São Paulo, porque adotamos uma estratégia de erradicação de plantas doentes para controle bastante eficiente. Em áreas infectadas, os prejuízos podem chegar a 100%, pois o cancro compromete a qualidade, diminui e derruba a fruta — conta o pesquisador.
Por meio da tecnologia de DNA recombinante, o processo dispensa os princípios transgênicos à medida que prima por genes do mesmo grupo de citros. O objetivo é fazer com que os genes da resistência se expressem em altas taxas na planta. A próxima etapa é solicitar autorização para que o material seja avaliado em condições de campo.
A principal causa para não termos ainda um material melhorado é que as plantas na citricultura são perenes. De modo geral, não há muita renovação de fruteiras. E a capacidade de absorver tecnologia depende do ciclo de vida da planta. Outra razão é a falta de conhecimento prévio dos genes mais indicados. É preciso desenvolver essa área para que as metodologias sejam utilizadas com segurança e objetividade — explica.
O manejo tradicional de enfermidades e pragas, muitas vezes abrangendo eliminação de insetos transmissores e utilização de substâncias altamente nocivas, como o cobre, corresponde a 80% do custo de produção nos pomares. Sendo assim, os evidentes benefícios econômicos da incorporação da novidade para o produtor se completam com os ganhos relativos à preservação ambiental.
Nos Estados Unidos, já existem laranjeiras melhoradas em fase de experimentação de campo. No Brasil, já solicitamos o licenciamento para os testes práticos na tentativa de disponibilizar uma cultivar aos produtores rurais o mais breve possível — enfatiza.
Fonte: Agronegocio

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