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segunda-feira, 15 de março de 2010

Demanda permite que a frota aeroagrícola cresça à média de 5% ao ano

O aumento da área plantada no Brasil estimula também o incremento da frota da aviação agrícola. Segundo o presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag), Júlio Kämpf, a perspectiva é de que nos próximos anos o setor apresente um incremento anual de 5% no número de aviões voltados a esse trabalho. Atualmente, conforme o dirigente, o País conta com aproximadamente 1,4 mil aeronaves desse segmento.
Kämpf destaca que o serviço é muito importante para a agricultura nacional. “Além disso, as doenças que entraram no Brasil, como a ferrugem asiática (ferrugem da soja, causada por espécies de fungo), vêm exigindo um número de vôos a mais em cima das lavouras”, afirma o presidente do Sindag.
Ele cita ainda que culturas como o arroz e o milho também enfrentam algumas complicações com fungos que há cerca de dez anos não eram verificadas. O dirigente ressalta que em momentos de excesso de chuva o avião é o equipamento adequado para tratar as plantações.
Kämpf comenta que em terrenos sem muitos obstáculos a aeronave é mais produtiva do que as máquinas terrestres. No entanto, nas áreas em que existem muitas barreiras como redes de energia, vasta vegetação ou lavouras recortadas é aconselhável o uso de aparelhos de solo. “Mas não quer dizer que o avião não possa realizar o serviço”, sustenta o presidente do Sindag. Ele argumenta que os veículos de chão nas plantações de soja apresentam o problema de “amassamento” gerado pela roda dos tratores que equivale à perda de cerca de um saco e meio por hectare. Com a utilização do avião não ocorre essa compactação do solo.
De acordo com Kämpf, considerando a uniformidade e o menor tempo entre o início e o fim de uma aplicação aérea, muitas vezes, isso traz um resultado que pode evitar uma segunda ou terceira aplicação de defensivos. O presidente do Sindag calcula que a área trabalhada no Brasil com a aviação agrícola esteja por volta de 30 milhões de hectares. Kämpf também estima que o uso de agrotóxicos no País abrange em torno de 80 milhões de hectates. “Então, há espaço para crescer”, aponta o dirigente.
Uma das preocupações das empresas do setor é quanto ao envelhecimento da frota atual. Kämpf defende que será necessário realizar uma renovação desses aviões. Ele estima que a idade média da frota passe dos 20 anos e o ideal seria um patamar de dez anos.
O dirigente adianta que a importação de aeronaves pode ser insuficiente para atender à perspectiva de aumento e renovação da frota brasileira. No entanto, ele acredita que, se for o caso, a produção nacional de Ipanemas pode suprir o mercado. Entre as aeronaves que fazem esse serviço, hoje no Brasil, encontram-se as linhas Ipanema (fabricada no País), Cessna (importada dos Estados Unidos) e estão entrando agora aviões com turbina, de maior porte.
Os custos das aeronaves, dependendo dos seus modelos, podem variar de cerca de US$ 400 mil a US$ 3 milhões. Para adquiri-las, as companhias esperam contar com uma linha de crédito do Finame. “Mesmo assim, em função das dificuldades que a agricultura vem sofrendo nos últimos anos, esse programa de renovação de frota deveria ter o apoio de uma política de governo”, defende Kämpf. O dirigente também acredita que há condições de abertura de novas empresas de aviação agrícola no mercado, mas o número dessas companhias, em torno de 400, pode suprir a demanda. “O que é necessário é renovar e aumentar a frota”, reforça o dirigente.
Fonte: Sindag

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